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Adriana Marcolino
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A alta nos preços dos alimentos

Por Adriana Marcolino - Diretora Técnica do DIEESE 23 abr 2025

Desde os anos 2000, o preço da comida sobe mais que o de outros produtos no Brasil, por várias razões: aumento das exportações, que reduz o que vai para a mesa do brasileiro; concentração de terras nas mãos de poucos; influência e demanda do mercado internacional; mudanças nas políticas de apoio à produção de alimentos. Mais recentemente, também a crise climática, com secas, enchentes e outros problemas, atrapalha a produção e pressiona os preços para cima.

Em 2020, os preços aumentaram ainda mais, devido à pandemia e porque o governo, naquele momento, desmontou as políticas de produção e abastecimento. Para agravar, a política de valorização do salário mínimo foi interrompida. O trabalhador viu a renda cair e o valor da comida aumentar.

Os preços só começaram a diminuir em 2023 e início de 2024, mas o clima e a alta nas exporta- ções elevaram os valores de vários itens de novo.

São fundamentais a retomada da política de valorização do salário mínimo e a recomposição dos estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), promovidos pelo governo atual. Porém, é preciso reiniciar e ampliar outras políticas de produção e abastecimento dos itens consumidos pelos brasileiros, pois tudo indica que os preços dos alimentos continuarão em alta, por causa de demanda mundial, clima, custo agrícola, entre outras questões

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #08