Desde os anos 2000, o preço da comida sobe mais que o de outros produtos no Brasil, por várias razões: aumento das exportações, que reduz o que vai para a mesa do brasileiro; concentração de terras nas mãos de poucos; influência e demanda do mercado internacional; mudanças nas políticas de apoio à produção de alimentos. Mais recentemente, também a crise climática, com secas, enchentes e outros problemas, atrapalha a produção e pressiona os preços para cima.
Em 2020, os preços aumentaram ainda mais, devido à pandemia e porque o governo, naquele momento, desmontou as políticas de produção e abastecimento. Para agravar, a política de valorização do salário mínimo foi interrompida. O trabalhador viu a renda cair e o valor da comida aumentar.
Os preços só começaram a diminuir em 2023 e início de 2024, mas o clima e a alta nas exporta- ções elevaram os valores de vários itens de novo.
São fundamentais a retomada da política de valorização do salário mínimo e a recomposição dos estoques reguladores da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), promovidos pelo governo atual. Porém, é preciso reiniciar e ampliar outras políticas de produção e abastecimento dos itens consumidos pelos brasileiros, pois tudo indica que os preços dos alimentos continuarão em alta, por causa de demanda mundial, clima, custo agrícola, entre outras questões