Os metalúrgicos preparam para a próxima semana uma série de protestos nas portas de fábrica de todo o Brasil. Será um “esquenta” para o Dia Nacional de Lutas, programado para 14 de setembro, em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência e a Lei da Terceirização. A agenda foi reafirmada em reunião na terça-feira, 22, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP). 

A partir de segunda-feira, 28, vamos fazer uma série de protestos nas portas de fábrica da região de Osasco, para alertar os companheiros sobre os efeitos que vão significar a efetivação da reforma trabalhista, principalmente, a redução dos direitos previstos na Convenção Coletiva, com a possibilidade de o negociado se sobrepor ao legislado e, assim, a negociação individual ou por fábrica rebaixar direitos da categoria. Também será distribuído um jornal unificado, que trata da unidade metalúrgica e de alguns dos principais prejuízos das reformas.  

O primeiro desafio contra a retirada de direitos é a nossa Campanha Salarial, reforça presidente do Sindicato, Jorge Nazareno

A reunião contou com a presença de dirigentes de sindicatos, federações e confederações de todo o país – como o nosso sindicato, CNTM, CNM, Federações de São Paulo e Paraná – ligados a diferentes centrais sindicais, que reforçaram o compromisso com a luta unitária e a agenda de protestos. Agenda essa que já conta com a adesão de outras categorias, como petroleiros, papeleiros, têxteis, eletricitários, costureiras, construção, metroviários. Com isso, o movimento iniciado entre os metalúrgicos já cumpre o objetivo de se expandir a outras categorias. “Essa é, sem dúvidas, uma iniciativa necessária para fazer o enfrentamento das mudanças que estão nas reformas e na lei da terceirização, que serão colocadas para nós nas negociações da Campanha Salarial”, avalia o presidente do Sindicato, Jorge Nazareno.

O “esquenta” vai construir o Dia Nacional de Lutas, que fará do dia 14 de setembro um dia histórico de resistência a precarização de direitos. Depois, os metalúrgicos já se preparam para realizar uma plenária nacional, em 29 de setembro, para avaliar e estabelecer as ações seguintes. As entidades também preparam uma série de materiais informativos para esclarecer e envolver os trabalhadores na luta.