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Jovens são vítimas da precarização no mercado de trabalho

Por Bianca Silva | 02 out 2024

Cerca de 9,8 milhões de jovens entre 15 e 29 anos, estavam sem trabalho e fora da escola no segundo trimestre do ano. Apesar de serem classificados como geração “nem- nem”, a designação simplista desses jovens como “nem estudam, nem trabalham” não reflete a realidade da maioria nestas condições. Para o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), estes jovens são vítimas da precarização existente no mercado de trabalho atual.

Foto:Tânia Rêgo/Agência Brasil

A constatação faz parte de uma pesquisa elabora pelo Dieese que mostra alta rotatividade, postos de trabalho precários e poucas oportunidades de qualificação. Muitos não conseguem continuar estudando ou buscar emprego de forma ativa devido à falta de recursos financeiros. Assim, soluções como a ampliação de cursos profissionalizantes ou a flexibilização das leis trabalhistas, como o contrato intermitente, têm se mostrado insuficientes para resolver o problema.

O desafio da transição entre a escola e o trabalho é agravado pela desigualdade socioeconômica. Cerca de 40% dos jovens de famílias mais pobres que estavam no final do ensino médio em 2023, já participavam do mercado de trabalho no começo de 2024, com 30% empregados e 10% procurando ativamente vagas. Em lares mais ricos o percentual de procura e participação no mercado de trabalho é consideravelmente mais baixos 26%.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #21