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Encontro na sede cria Coletivo de Mulheres Sindicalistas

Por Auris Sousa | 10 set 2015

A luta das mulheres também deve ser fortalecida no ambiente sindical, e para isso as sindicalistas da região formalizaram na quarta-feira, 9, a criação do Coletivo de Mulheres Sindicalistas, que contará com a participação de representantes de várias categorias profissionais de Osasco e região. A decisão foi tomada por dirigentes dos metalúrgicos, químicos, comerciários, servidores, e condutores em encontro realizado na sede do Sindicato.

A primeira reunião que deu início a criação do Coletivo aconteceu em 20 de agosto no Sindicato dos Comerciários, em Osasco. “Com o Coletivo teremos mais força na luta por igualdade salarial, oportunidades igualitárias de postos de trabalho, e teremos conhecimento do dia a dia das demais categorias”, avaliou Ana Maria Rapini Guilherme, diretora do Secor (Sindicato dos Empregadores no Comércio de Osasco e Região).

O objetivo do grupo é reunir dirigentes sindicais para tratar das questões relacionadas à mulher não só no ambiente de trabalho, mas também na representação política e sindical. Também pretende produzir eventos de formação e encontros para provocar o debate.

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Durante o encontro, as mulheres também fizeram um balanço da IV Conferência Municipal de Direitos da Mulher de Osasco, Cotia, Carapicuíba e Taboão da Serra. “A Conferência vem para responder uma proposta política que é o fortalecimento das políticas públicas das mulheres. Tivemos boas propostas, muitas daquelas que vocês colocaram farão parte do relatório municipal”, explicou Terezinha de Fátima Aleixo Correia, da Coordenadoria da Mulher e Promoção da Igualdade Racial de Osasco.

Entre as propostas feitas pelas sindicalistas estão a criação de um Secretaria da Mulher nas cidades da região, e a ampliação do atendimento das Delegacias da Mulher da região para 24 horas, durante os sete dias da semana.

As dirigentes também elogiaram a participação das mulheres da sociedade civil, principalmente nas Conferências de Osasco e Carapicuíba. Também expuseram as dificuldades encontradas por algumas mulheres no local de trabalho. “A luta tem que ser diária. Parte das coisas que ouvi na Conferência, achei que já tivesse sido resolvida, aí descubro lá que se baixarmos a guarda o que já foi conquistado deixará de existir”, expos nossa diretora Gleides Sodre, que participou das Conferências de Osasco e Taboão da Serra.

Para Sonia Rainho, da Coordenadoria da Mulher de Osasco, as mulheres – a maioria delas dona de casa, que foram pela primeira vez numa Conferência entenderam que este é um dos espaços que devem ser utilizados para construção de melhorias.

No final da reunião, as sindicalistas assistiram um trecho do filme “Terra Fria”. Baseado em fatos reais, o longa narra a história da primeira mulher que processou a empresa a qual trabalhava, após sofrer abuso sexual.

O drama trouxe as sindicalistas velhas e recentes questões à tona, como o assédio sexual e moral que ainda hoje muitas mulheres sofrem no local de trabalho, e a diferença salarial entre os homens.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #11