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Encontro aponta estratégias para luta por inclusão em 2016

Por Cristiane Alves | 18 nov 2015

A vontade de vencer o preconceito, o grande obstáculo a inclusão de pessoas com deficiências nos diferentes espaços da sociedade, especialmente, no mercado de trabalho reuniu representantes de empresas, sindicatos, ativistas, consultores especializados e pessoas com deficiência na 8ª edição do Encontro Anual do Espaço da Cidadania, realizado na manhã desta quarta-feira, 18, no centro de São Paulo.

Para isso, o encontro discutiu alguns dos temas mais tratados nos debates deste ano e apontaram iniciativas a serem tomadas para que em 2016 o caminho da inclusão fique mais consolidado do no país. Processos de recrutamento, fiscalização do cumprimento da Lei de Cotas, acessibilidade e desenho Universal foram os assuntos abordados.

Os problemas com a fiscalização trabalhista não atingem somente os acidentes de trabalho, mas também a Lei de Cotas. Mas os participantes do encontro não querem meramente que um número seja verificado, cobram orientação às empresas por parte dos fiscais e também um olhar sobre a qualidade da inclusão. Por isso, uma das decisões foi a aproximação do movimento com os fiscais do Ministério do Trabalho no sentido de construir uma atividade de sensibilização e orientação.

Em relação à acessibilidade, também foram apontadas iniciativas para dialogar com as empresas e também com o poder público para que as pessoas com deficiências não só possam ter garantidas as condições necessárias para trabalhar, mas também possam se locomover até o posto de trabalho, com independência, como qualquer outro cidadão.

Mas, o principal é a mudança de atitude em relação as pessoas com deficiência. “Fazer rampa não é difícil, colocar porta de 0,80 cm [nas casas] não é difícil. A dificuldade é entender e acreditar que é necessário fazer”, avaliou Maria de Fátima e Silva, consultora de inclusão.

Para o coordenador do Espaço da Cidadania, Carlos Aparício Clemente, as propostas demonstraram que o caminho continua sendo o do diálogo. “Em 2002, a OIT, nas recomendações sobre inclusão, já orientava para a necessidade de que empresários, sindicatos e poder público conversarem. E essa permanece sendo a pista para o caminho para remover a barreira de atitude colocada contra a inclusão”, avaliou.

Essa é a razão dos resultados de Osasco, por exemplo, terem se tornado referência para o país. “Em Osasco, os bons resultados apareceram depois das fiscalizações, lá atrás, e da ação do Ministério Público. Aos poucos, a alta direção das empresas assumiu o compromisso e essas empresas começaram a se destacar. É isso que faz a diferença”, acrescentou Clemente.

 

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Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18