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Avanço: Diretas já pode ser votada na próxima semana no Senado

Por Auris Sousa | 25 maio 2017

A quarta-feira, 24, será lembrada sempre como uma data histórica para o país. Além de Brasília ter sediado uma das maiores manifestações, as “diretas já” começaram a caminhar no Senado. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) leu seu parecer sobre a PEC 67/2016, que prevê a realização de eleição direta para presidente e vice-presidente da República em caso de desistência dos cargos nos três primeiros anos do mandato. As diretas é uma reivindicação das centrais sindicais, e de milhares de trabalhadores, que participaram de atos no domingo, 21, e nesta quarta

Considero que o que conseguimos hoje é grande, significativo, disse Lindbergh sobre o parecer do projeto [Foto: Roque de Sá/Agência Senado]

De autoria do senador José Reguffe (Sem Partido), a previsão é que o projeto seja votado na próxima quarta-feira, 31, na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). Se passar, vai direto para análise no Plenário da Casa. A PEC prevê que a eleição direta ocorra em até 90 dias após a saída do vice-presidente e serviria apenas para um mandato-tampão, ou seja, haveria eleições presidenciais normalmente, em outubro de 2018.

Trata-se de um avanço importante, principalmente depois que a base aliada do governo conseguiu impedir o andamento de um projeto com a mesma proposta na Câmara dos Deputados, na terça-feira, 23. “ [Na terça], houve uma mobilização da base do Temer para poder impedir isso na Câmara, com a PEC do Miro. No Senado, conseguimos avançar. Chegamos cedo na comissão de Constituição e Justiça, invertemos a pauta, lemos o relatório e está marcada a votação, na CCJ do Senado, para a próxima quarta-feira”, explicou Lindbergh, em entrevista ao jornal Diário do Centro do Mundo.

Ao periódico, o senador deixou claro que o texto que avança no Senado é mais ágil que está “empacado” na Câmara. “Diferentemente da Câmara, não precisa de comissão especial para analisar. Portanto, considero que o que conseguimos hoje é grande, significativo. Começa a tramitar uma proposta de mudança na Constituição que fala em eleição direta”, destacou.

O Sindicato apoia as “diretas já” frente a gravidade das denúncias que envolvem o presidente Michel Temer. “Diante de tudo isso, não vemos outro caminho, senão pedir a renúncia do presidente Michel Temer e a convocação de eleições diretas, já. O Brasil, os mais de 14 milhões de desempregados, a economia, não aguentam mais um processo de impeachment. É fundamental dar ao povo a possibilidade de, numa eleição direta, definir seu novo presidente e ajudar a virar essa página de horror e corrupção”, destacou a entidade, em nota divulgada na quinta-feira, 18.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07