Foi com uma assembleia realizada na sexta-feira, 2, que as companheiras da JL Capacitores, no Tamboré, lembraram a campanha “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”. Nas mãos, assim como o tema deste ano, pediram o fim do machismo e da violência contra a mulher.

O objetivo da campanha é chamar a atenção da sociedade e mobilizar as pessoas para os crimes cometidos contra as mulheres. Para se ter uma ideia, o Mapa da Violência 2015, mostra que o Brasil assume a 5ª posição no ranking de feminicídio, com uma taxa de 4,8 assassinatos por cada 100 mil mulheres. 55,3% desses crimes foram cometidos no ambiente doméstico e 33,2% dos assassinos eram parceiros ou ex-parceiros das vítimas, com base em dados de 2013 do Ministério da Saúde.

Companheiras pediram o fim do machismo e da violência contra a mulher

O estudo diz ainda que houve um aumento de 54% em dez anos no número de assassinatos de mulheres negras, passando de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013. “Apesar de avanços, da Lei Maria da Penha e de campanha como estas, infelizmente, a violência ainda existe e não está só na comunidade, está em todas as classes sociais. Por isso a importância de nos unir, para que a gente avance cada vez mais”, enfatizou a diretora Claudia Reguelin.

Na assembleia, o diretor Alex da Força lembrou a importância de combater todas as formas de violência, inclusive no mercado de trabalho. “O não reconhecimento profissional da mulher, por exemplo, não receber o mesmo salário que o homem, mesmo desempenhando a mesma função, também é uma forma de violência. A mobilização deve ser a nossa principal ferramenta de combate”, destacou.

A campanha começou em 25 de novembro (Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher) e vai até 10 de dezembro (Dia Internacional dos Direitos Humanos).