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Sindicato celebra 52 anos nas portas das fábricas da região

Por Cristiane Alves | 23 jul 2015

Além das reivindicações específicas das empresas, as assembleias realizadas ao longo desta quinta-feira, 23, em Osasco e região marcaram o aniversário de 52 anos de lutas e conquistas do nosso Sindicato.

Em frente as fábricas, a diretoria falou sobre as lutas e avanços dos últimos anos. Para o futuro, apostou na organização dos trabalhadores. “Precisamos de uma organização forte para superarmos os desafios e ampliarmos as nossas conquistas, mas a organização não depende só do Sindicato, a categoria é essencial”, alertou o diretor Marcel Simões.

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Além da diretoria, participaram das assembleias militantes que fizeram a histórica Greve de Osasco, de 1968, e trabalhadores do próprio Sindicato. Todos estiveram com os metalúrgicos e as metalúrgicas nas portas de fábrica nesta quinta-feira.

Na Belgo/ Cimaf, o diretor fundador do Sindicato, Manuel Dias do Nascimento (o Neto) lembrou que, quando a entidade foi fundada, em 1963, os trabalhadores não tinham o direito de acompanhar uma assembleia. “Era uma repressão tremenda, você não podia nem ser sócio do Sindicato, quanto mais conversar conosco, ” contou Neto.

Hoje isso é diferente. Toninho 3/8, que em 1968 era membro da FNT (Força Nacional do Trabalho) – um dos grupos organizadores da Greve de Osasco – e ex-diretor do nosso Sindicato, lembrou que conquistas como essas só foram possíveis graças a união dos trabalhadores e que, cada vez mais, nós temos de reconhecer essa força transformadora. “Quem produz, quem cria riquezas somo nos trabalhadores, que temos força, temos coragem, e vontade de trabalhar. Por isso que temos que reivindicar o que merecemos, que é um salário digno e respeitoso para todos os trabalhadores”, ressaltou Toninho.

Na Cinpal, Stanislaw Szermeta, um dos militantes da greve de 68, também reforçou a importância da unidade. “Estamos vivendo um período duro, mas vamos conseguir avançar com a unidade do Sindicato e dos trabalhadores. O Sindicato é a reunião dos trabalhadores, não se pode falar de um sindicato sem ter a união dos trabalhadores, que devem ter a dignidade de manter o sindicato forte”, pontuou Stanislaw que também defendeu a luta pelo estado democrático de direito, sem retirada de direitos.

“Passamos pela ditadura militar e sabemos que não queremos mais a volta daqueles que arrebentaram com o país. Os militares foram os que torturaram, os que perseguiram e que atrasaram o movimento dos trabalhadores”, enfatizou Stanislaw.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18