“Aprendi a fazer a luta brigando pela sobrevivência, sempre junto às companheiras”, a frase dita por Sônia Rainha, em 2015 ao jornal Visão Oeste, retrata bem a companheira de luta que morreu nesta terça-feira, 31. A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região lamenta sua partida.

“Sônia era e continuará sendo uma inspiração de luta. Sua garra e determinação são os seus principais legados”, destaca o presidente do Sindicato, Gilberto Almazan (Ratinho). Mônica Veloso, vice-presidente do Sindicato, concorda: “Em 2013, no Março Mulher, o nosso Sindicato prestou uma homenagem à Sônia que era merecida de tantas outras”, disse.

Sônia (ao centro sentada de blusa branca) seguirá como exemplo de luta

Muitas foram às vezes que Sônia participou de atividades do Sindicato e, até mesmo, chegou a ajudar no fortalecimento da mobilização das dirigentes sindicais da região. Em 2015, por exemplo, estava presente no encontro que criou Coletivo de Mulheres Sindicalistas da região de Osasco.

Caminho de luta

Sônia foi vereadora de Osasco e uma ferrenha militante dos movimentos de moradia e por direitos humanos, também contribuiu com o fortalecimento das lutas das mulheres de Osasco, por meio da Coordenadoria da Mulher e Promoção da Igualdade Racial de Osasco, e com tantas outras lutas.

Sônia fará falta na luta por justiça social

Sua militância começou na luta por luz, água, esgoto, creches e em movimentos em defesa dos injustiçados. Sob sua liderança, o movimento por moradia popular implantou sete núcleos residenciais em Osasco e dois em Carapicuíba. Também foi pioneira na criação de grupos de discussão sobre os problemas da mulher.

Graças a sua atuação, em 2018, recebeu o prêmio Santo Dias de Direitos Humanos. A honraria é concedida pela Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de São Paulo às pessoas ou entidades com atuação destacada na área.

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