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Sindicato alerta: jornada e salários só podem ser reduzidos com aval dos trabalhadores

Por Auris Sousa | 19 mar 2020

O governo pretende permitir que as empresas cortem pela metade a jornada e salários de trabalhadores para tentar atenuar a crise gerada pela epidemia do novo coronavírus (Covid-19). No entanto, o Sindicato alerta que, entre as metalúrgicas, estas medidas só poderão ser adotadas, após negociação com o Sindicato e aprovação dos trabalhadores, por meio de assembleia.

O Sindicato defende que medidas sejam tomadas para proteger a saúde da categoria, no entanto, elas não podem prejudicar os trabalhadores. Por isso qualquer decisão deve ser tomada em conjunto, de forma democrática, como sempre é feito. Exemplo disso são as discussões de PLR, férias coletivas, compensação de horas, e tantas outras.

Vale ressaltar que as centrais sindicais criaram propostas de medidas de proteção à vida, à saúde, ao emprego e à rendas dos trabalhadores e trabalhadoras. O documento foi entregue terça-feira, 17, ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Neste período do avanço do Coronavírus no país, as centrais propõem medidas de proteção ao trabalhador e trabalhadora com garantia de estabilidade no trabalho e renda. Também propõem a criação de um fundo emergencial para garantir emprego e renda aos trabalhadores mais vulneráveis.

O objetivo é impedir que a pandemia de coronavírus, que já impacta a economia brasileira e mundial, provoque aumento do desemprego e da pobreza. “Neste momento é importante preservamos os empregos e defender os trabalhadores”, afirma Miguel Torres.

Segundo a proposta, no escopo do fundo emergencial, serão criados vários programas, sendo a principal medida o abono emergencial de meio salário mínimo. A proposta também aponta à ampliação do número de parcelas do seguro desemprego e dos beneficiados pelo Bolsa Família. Além disso, defende o congelamento dos preços de itens de primeira necessidade, a ampliação do gasto com a saúde pública, por parte do governo federal, e a suspenção do teto de gastos, que reduziu os gatos com saúde por 20 anos.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18