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57 anos: Live destaca o comprometimento do Sindicato com a categoria

Por Auris Sousa | 24 jul 2020

A jornada de luta do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região chega aos 57 anos com um grande nível de comprometimento e consciência dos desafios que se avizinham. É o que mostra a Live Sindmetal desta quinta-feira, 23, que resgatou momentos importantes da entidade e mostra porque é uma das mais reconhecidas do Brasil.

Durante a Live, os diretores do Sindicato Gilberto Almazan, Carlos Aparício Clemente e Milton Cavalo, falaram das conquistas e desafios do Sindicato, da relação da diretoria com a base, com o movimento sindical, entidades intersindicais. E também da visão da diretoria que busca melhorias para os trabalhadores para além das fábricas.

Almazan resgatou a história da fundação da entidade, que aconteceu um ano antes da Ditadura Militar, que mais tarde provocou uma intervenção no Sindicato. Relembrou a morte de um companheiro da Cobrasma que resultou na criação de uma Comissão de Fábrica, e em seguida numa greve por melhores condições de trabalho, contra o arrocho salarial. Movimento que se espalhou por outras fábricas da região e que lutou contra a repressão da ditadura.

“Se trazer para hoje, não é muito diferente. Os trabalhadores ainda se organizam por melhores condições de trabalho até hoje”, destacou Almazan.

Para Clemente, a inclusão das pessoas com deficiência, uma das grandes bandeiras de lutas do Sindicato, é consequência das lutas travadas por melhores condições de trabalho e, principalmente, contra acidentes de trabalho. Clemente, que também é coordenador do Espaço da Cidadania, contou sobre os acidentes de trabalho que provocavam amputação de partes do corpo das vítimas.

“Os trabalhadores eram encaminhados para a Previdência, mas, após reabilitação, as empresas não as queriam mais. Em 2001, o Sindicato aproveitou a Lei de Cotas, que não saía do papel, para garantir o retorno destes trabalhadores ao trabalho”, explicou.

Desde então, os debates e ações pela inclusão cresceram e passou a envolver muitas pessoas até formar uma forte rede, organizada por pessoas de todas as partes do país, na luta para garantir mais direitos as pessoas com deficiência. “É parte da luta para garantir melhores condições de trabalho, trabalho decente para todos que precisam ganhar o seu pão de cada dia”, reforçou Clemente.

São passagens que mostram que a diretoria e a categoria não fogem da luta e estão sempre prontas para transformar obstáculos em grandes vitórias. “Sindicato tem na sua história e trajetória vários aspectos que envolvem trazer melhorias para categoria, sempre trabalhamos para suprir necessidades dos trabalhadores, mutas vezes naquilo que o estado deixa a desejar em várias áreas”, destacou Cavalo, que também é presidente da Siccob CredMetal.

Assim como o Espaço da Cidadania, a Sicoob CredMetal também nasce de uma demanda, de uma ausência sentida pelos trabalhadores. “Os trabalhadores não conseguiam ter crédito nos bancos, não conseguiam limpar seus nomes e recorriam a agiotas. Era comum ter agiotas dentro das fábricas. Sabendo disso, uma das propostas da nossa Chapa era a criação de uma cooperativa de crédito”, explica Cavalo, que se orgulha ao apontar a transformação da vida de muitos trabalhadores por meio de um crédito consciente. “A ideia veio, após 20 anos, estamos no crescente. A necessidade do crédito que não seja exploratório, principalmente em momento de pandemia, é fundamental e nos estruturamos para dar essa qualidade e segurança na hora que o trabalhador quiser realizar os seus sonhos”, reforçou.

É no bojo desse comprometimento que desponta a atuação do Sindicato contra os acidentes e doenças no local de trabalho. Clemente conta que a atuação ganhou força com uma ação sistematizada, com a participação de cipeiros e órgãos do poder público. Ação que contou também com a organização do Ciclos de Debates, que na semana passada chegou na sua 41ª edição.  

Se a ação foi primordial para o reconhecimento nacional do Sindicato na luta pela saúde e segurança, e referência para muitas entidades, o diferencial foi, além de abraçar a causa, estar presente, estar junto do trabalhador. “Até hoje, quando acontece um acidente, a gente vai até o trabalhador, vai até a casa dele. Clemente sempre nos ensinou a trabalhar desta maneira: estar sempre próximo dos trabalhadores”, compartilhou Almazan, que detalhou: “teve trabalhadores que tivemos que andar junto com eles, andando de hospital por hospital, porque não eram atendidos”. Uma parte desta história está preservada num curto documentário sobre acidentes produzido e lançado pelo Sindicato, durante o 41º Ciclo de Debates.

Estar para ser. Lutar para fortalecer e vencer. São ações que caracterizam o Sindicato e que o torna uma entidade para além das portas das fábricas. Não é à toa que, inclusive, já fez e faz parte de várias organizações comprometidas com a classe trabalhadora, entre elas: DIEESE, DIESAT, Força Sindical, CNTM, Federação dos Metalúrgicos, IndustriALL.

Assista a Live completa e conheça um pouco da história do Sindicato construída com a organização da categoria que e se consolida com a atuação da diretoria por meio de uma grande representação sindical: Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região:

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18