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Um metalúrgico se acidenta a cada 13 dias na região

Por Auris Sousa | 23 set 2015

Os acidentes no local de trabalho continuam. Nos últimos 15 meses, o reflexo do problema é uma verdadeira epidemia: de 16 de junho de 2014 a 16 de setembro de 2015, foram 40 acidentes de trabalho. Em outras palavras, a cada treze dias acontece um acidente grave ou fatal nas metalúrgicas de Osasco e região.

Os dados fazem parte de um estudo feito pelo o Sindicato que tem o objetivo de evidenciar ainda mais este problema, para que uma solução seja tomada e para que os metalúrgicos tenham direito à saúde e à integridade física por meio de um ambiente saudável e seguro.

Num estudo anterior, que compreende a março de 2010 e junho de 2014, um acidente grave ou fatal acontecia a cada 15 dias.

A maior parte dos acidentes pode ser decorrente da falta de investimento de proteção coletiva para os trabalhadores e da utilização de máquinas ultrapassadas. Por isso que uma das lutas mais fortes do Sindicato diz respeito à prevenção e a fiscalização no local de trabalho.

Sem fiscalização, os danos são maiores. Em julho de 2014, o Sindicato lançou a campanha “Conte pra Gente”, que incentiva os metalúrgicos a denunciar os acidentes de trabalho, com o objetivo de aumentar o número de casos investigados e não tolerar a irresponsabilidade dos empregadores. A ideia surtiu efeito.

Prova disso é que o prazo médio para que a informação do acidente chegue ao Sindicato e seja emitido o pedido de fiscalização é de 20 dias. No estudo anterior, a média era de 22 dias. Para denunciar casos de acidentes de trabalho, o metalúrgico não precisa se identificar. Ela pode ser feita pelo telefone (11) 3651-7212 ou pelo e-mail [email protected].

Para o diretor do Sindicato Gilberto Almazan, investimentos em segurança, o cumprimento das normas de segurança, aliados a um trabalho eficiente dos auditores fiscais são essenciais. “Sem a fiscalização, muitas empresas deixam de notificar o INSS, isso impede que o trabalhador acidentado tenha o acidente reconhecido como tal e, consequentemente, tenha acesso ao seguro social”, explicou Gilberto.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07