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Trabalho infantil doméstico é pauta de oficina

Por Auris Sousa | 20 jun 2012

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Centrais

Os desafios e as perspectivas para enfrentamento do trabalho infantil doméstico no Brasil foram abordados na primeira “Oficina de Capacitação de Dirigentes Sindicais e Assessores para a Erradicação do Trabalho Infantil”, que aconteceu na terça-feira, 19, na sede da Força Sindical, em São Paulo.

O evento, que foi organizado pelas centrais sindicais – Força Sindical, UGT, NCST e CGTB, contou com palestra do professor Paulo Dante Lara, que falou sobre a Erradicação do Trabalho Infantil Doméstico. “Este tipo de trabalho infantil é muito obscuro e, hoje, encontramos  dificuldades para fiscalizá-lo, porque ele é feito na “escuridão”, dentro de quatro paredes”, afirmou.

Ele explicou que este tipo de exploração é uma das mais difundidas no Brasil e está na lista das piores formas de trabalho infantil. “É uma realidade oculta”, enfatizou.

Segundo o professor, atualmente temos 390 mil crianças entre os 5 e 17 anos trabalhando. Destas 91,6% são meninas, sendo que 41,3% delas têm entre 12 e 15 anos. “Meninas pobres são as maiores vítimas, geralmente são introduzidas no serviço domestico aos 7 anos, cuidando dos irmãos mais novos e ajudando nas tarefas de casa”, explicou.

Prejuízos ao desenvolvimento escolar

O professor explicou que os pais podem contar com a colaboração dos filhos na limpeza doméstica, desde que isso não atrapalhe os estudos e as brincadeiras diárias das crianças e adolescentes. A falta de tempo para a escola e brincadeiras podem trazer graves consequências. “A formação da criança pode ser prejudicada. No fim são poucas que conseguem ter sucesso. A maioria não consegue ter êxito no processo escolar”, enfatizou o professor.

 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18