Os negros representam 48,2% dos trabalhadores nas regiões metropolitanas. Mas, mesmo assim, a média de seu salário chega a ser 36,1% menor do que a de não negros. As informações foram divulgadas pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) na quarta-feira, 13.

Nomeado de “Os negros nos mercados de trabalho metropolitano”, o levantamento leva em consideração as regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, do Recife, de Salvador, São Paulo e do Distrito Federal também mostra desigualdade na formação escolar. Entre os trabalhadores negros apenas 11,8% se formaram numa faculdade. Já entre os não negros em atividade 23,4% conquistaram o diploma de nível superior.

Entre os trabalhadores com nível superior completo, a média de rendimentos por hora é de R$ 17,39 entre os negros, e de R$ 29,03 entre os não negros.

O estudo também mostra que os negros se concentram nas seguintes profissões: pedreiros, serventes, pintores, caiadores e trabalhadores braçais na construção, faxineiros, lixeiros, serventes, camareiros e empregados domésticos.

Consciência negra – Por este motivo, na próxima quarta-feira, 20, o dia é de reflexão, para que desigualdade como estas reduzam a cada ano e que todos tenham as mesmas oportunidades no trabalho, estudo, lazer e saúde.

Sindica orienta diversidade nas contratações

Para ampliar a diversidade e o respeito no local de trabalho, a Convenção Coletiva da categoria faz com que as metalúrgicas se comprometam a respeitar a igualdade nas contratações para jovens 18 e 24 anos de idade, pessoas com idade superior a 40 anos, independente de sexo, origem étnica ou religiosidade.

Além disso, a convenção também prevê que as empresas devam combater quaisquer formas de discriminação ou assédio no local de trabalho. Tudo isso para oferecer um ambiente tranquilo de trabalho a todos metalúrgicos e metalúrgicas. [Foto: Divulgação]