Preocupados com a ocultação de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, o Sindicato e o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André se reuniram na segunda-feira, 8, com a médica e pesquisadora da Fundacentro Maria Maeno para debater esse cenário que compromete a prevenção e prejudica trabalhadores e trabalhadoras.

“A subnotificação de acidentes enfraquece a luta por um ambiente de trabalho seguro. Se não há registro de um acidente, ele não é combatido. Além disso, quando não há o reconhecimento correto, o trabalhador perde direitos significativos”, alerta o presidente do Sindicato, Gilberto Almazan (Ratinho). Ele participou do encontro acompanhado do diretor Marcelo Mendes, ambos integrantes do Diesat (Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho).

Lulinha, Marcelo, Maria Maeno, Ratinho e Loyola

Outro ponto levantado pelos dirigentes é o desrespeito das empresas em relação aos atestados médicos. Segundo denúncias de trabalhadores, muitas empresas não têm considerado o tempo de afastamento indicado pelo médico e tem imposto revisões para antecipar o retorno ao trabalho.

 “A reunião de hoje foi muito importante, pois dirigentes sindicais trouxeram uma preocupação com a ocultação de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho e com a interferência de empresas no tempo de recuperação que os trabalhadores têm direito. Para nós, a atualização de como esses processos ocorrem é muito importante pois subsidiam políticas públicas”, avalia Maria Maeno.

Uma nova reunião para aprofundar o debate sobre o tema está marcada para 26 de setembro (sexta-feira), com a participação de representantes de outros sindicatos, do Cerest e da Fundacentro.

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