O combate ao trabalho infantil em Taboão da Serra ganhou na sexta-feira, 12, o reforço do Sindicato. Nesta data, a diretora Gleides Sodré tomou posse como membro da Comissão Municipal de Erradicação do Trabalho Infantil do município, durante evento pela erradicação desta pratica.

Segundo a PNAD/IBGE de 2013, são 3,2 milhões de crianças e adolescentes trabalhando no Brasil. Em 2012 esse número era de 3,5 milhões, o que mostra uma redução de 10,6%. “Além da perda de direitos básicos, como educação, lazer e esporte, as crianças e adolescentes que trabalham costumam apresentar problemas de saúde, e estão suscetíveis a fraturas, amputações e ferimentos”, observa Gleides.

Diretora Gleides Sodré agora faz parte da Comissão Municipal de Erradicação do Trabalho Infantil de Taboão da Serra

A diretora tem razão. De acordo com palestra ministrada durante o evento, a maioria do sistema biológico do ser humano não está maduro até a idade de 18 anos. “Existe muita diferença entre a criança e o adulto em termos de anatomia, fisiologia, psicologia. Essas diferenças podem determinar a exposição específica aos fatores de risco para acidentes e lesões ocupacionais”, explicou Rosemairy Norye, diretora técnica de serviços, durante palestra.

De acordo com sua apresentação, em 2014, segundo SINAN (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) só em São Paulo 1.604 crianças, entre 6 e 17 anos, foram vítimas de acidentes de trabalho. As mãos e os membros inferiores estão entre as partes dos corpos mais atingidas.

O número é alarmante, mas pode ser ainda maior. Isso porque é possível que existam casos em que os acidentes relacionados ao trabalho não tenham sido notificados.

Saiba mais – O dia 12 de junho foi instituído pela OIT (Organização Internacional do Trabalho) como o Dia Mundial contra o Trabalho Infantil.