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Sindicalistas reivindicam participação formal no BRICS

Por Auris Sousa | 15 jul 2014

Dirigentes sindicais do Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul cobraram nesta terça-feira, 15, na abertura do III Fórum do BRICS Sindical, em Fortaleza, a inclusão das centrais sindicais de trabalhadores na Cúpula dos BRICS que é formada pelos governos destes países e que tem a participação formal dos empresários. “É importante fortalecer a atuação sindical, avançar nos direitos trabalhistas e também na conquista de medidas que promovam o bem-estar dos trabalhadores.

Representantes da Força Sindical durante abertura do III Fórum do BRICS Sindical

No Brasil, o movimento sindical tem demonstrado grande empenho na conquista de aumentos reais de salários, mesmo em períodos de crise econômica. As centrais mostram maturidade em unificar a luta em pontos de consensos. Agora devemos fazer ação conjunta no BRICS e definirmos propostas que levem em conta as disparidades entre os países”, disse Miguel Torres, presidente da Força Sindical.

O ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria Geral da Presidência da República, declarou que o empenho dos trabalhadores de fazerem parte dos BRICS mostra um rompimento da consciência de classe que temos de combater no Brasil. O ministro quis dizer que os trabalhadores integrarem o BRICS é um direito natural, mas alguns setores consideram que apenas os empresários podem ser incluídos. “O governo brasileiro”, informou, “é favorável à formalização dos trabalhadores no BRICS e para tornar a proposta uma realidade depende da concordância dos cinco países”.

Carvalho falou ainda que o atual modelo de desenvolvimento do País está esgotado e o PT defende um modelo de crescimento com inclusão social e distribuição de renda, que cuida das pessoas e da natureza. “Não há como fazê-lo sem a participação social”.

Participaram da abertura, os presidentes das centrais brasileiras: Miguel Torres (Força Sindical); Vagner Freitas (CUT); Ricardo Path (UGT); Maria Lúcia Pimentel (CGTB);Divanilton Pereira (CTB) Carlos Alberto Schmitt de Azevedo (CNPL). Outros líderes são: João Felício, presidente da Confederação Sindical Internacional (CSI); Shiping Zhang, vice-presidente da ACFTU (China); Zwelinzima Vavi, secretário-geral da Cosatu e Dennis George secretário-geral da Fedusa (ambos da África do Sul); Suresh Kumar, diretor CITU (Índia) e Mikhail Shmakov, presidente da FNPR (Rússia).

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18