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Senai de Itu mostra que não existem limites para inclusão

Por Auris Sousa | 09 jun 2016

“Não há limites. Sonhe, acredite, realize”. A frase parece daquelas de autoajuda, mas, na verdade, ela resume tudo aquilo que tem sido feito pelo Senai de Itu, no interior de São Paulo. Foi isso que o Espaço da Cidadania e seus parceiros pela inclusão comprovaram na quarta-feira, 8, quando visitaram as estruturas da escola que é referência nacional em ensino profissionalizante de pessoas com deficiências.

Do corredor que leva o visitante até a porta principal de entrada já é possível notar a diferença. Todo o trajeto está desenhado com pisos táteis que facilitam o acesso de pessoas que tem deficiência visual. Na recepção, dezenas de troféus e prêmios destacam o avanço dos alunos e o reconhecimento que o Senai de Itu tem tido na luta pela inclusão.

“A escola existe desde 1947, e a partir de 1996, passou a desempenhar uma nova função social. Além da qualificação para a indústria local, temos um trabalho no sentido de incluir pessoas com deficiência, desde deficientes visuais até pessoas com alguma deficiência intelectual”, explicou o professor Helvécio Siqueira de Oliveira, responsável pela unidade.

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Numa breve apresentação, o professor Helvécio destacou que o primeiro público atendido pelos serviços da escola foram os deficientes visuais, depois as pessoas que têm deficiência auditiva. À medida que a procura por um ensino de qualidade crescia entre as pessoas com deficiência, crescia também a preocupação da escola em atender da melhor forma possível aqueles alunos. 

“Desenvolvemos cursos em vários campos. Da metalmecânica à usinagem, até torno mecânico e torno convencional. Cursos de vestuário, assistente de escritório. Todos os programas são adaptados”, destacou o professor Helvécio.

Mergulho no mundo da inclusão – Os parceiros do Espaço da Cidadania viram de perto que o trabalho do Senai de Itu extrapola o campo escolar e a capacitação de pessoas com deficiências. A unidade também assessora empresas a se equiparem e prepararem o ambiente e o método de trabalho para receberem os profissionais com deficiências. Além disso, fazem impressão de materiais no sistema Braille, gravação eletrônica de livros e textos, e desenvolvem máquinas, equipamentos adaptados.

Alguns visitantes ainda manusearam um fogão adaptado para cadeirantes, criado por um grupo de alunos da Escola. A criação foi vencedora do prêmio Objeto Brasil nas categorias Estudantes e Design para Todos/Economia Solidária, levando a medalha de ouro.

Entre as invenções da escola também estão: máquina de costura adaptada, para pessoas que sofreram amputação, paraplégicas; pulseira vibratória; privada adaptada para pessoas que não têm os membros superiores e inferiores; vibracal para cegos, que anuncia para o deficiente visual quando o seu ônibus chega no ponto. 

Ação – A visita monitorada faz parte do projeto “Diálogos sobre a empregabilidade da pessoa com deficiência”. A ideia da ação, que é organizada pelo Espaço da Cidadania e seus parceiros pela inclusão, é promover um diálogo permanente de debate referente à pessoa com deficiência a partir de temas específicos, com participação do governo, sociedade civil e iniciativa privada.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18