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Seminário mostra que sustentabilidade deve estar aliada a segurança

Por Auris Sousa | 03 jun 2015

O 7º Seminário Meio Ambiente e Trabalho abordou na terça-feira, 2, a importância da sustentabilidade estar aliada a Segurança do Trabalho, ao mesclar os dois assuntos de forma simples e objetiva: Prevenção e Sustentabilidade. O encontro também apontou soluções aplicadas na metalurgia e na sociedade para minimizar os impactos ambientais.

O vice-presidente do Sindicato, Carlos Aparício Clemente, observou que “ é preciso fazer eventos como este porque, às vezes, o trabalhador não percebe a importância de o ambiente de trabalho ser limpo de poeira e contaminação. Por isso, temos que cutucar os trabalhadores e as empresas para não deixar essa bandeira cair”.

Cutucão que há anos o Sindicato faz questão de dar. No livro, Vítimas dos Ambientes de Trabalho, Rompendo o Silêncio”, é possível conhecer alguns casos de doenças provocadas pela poeira e pela aproximação do amianto.  Aproximação que nem sempre se dá só dentro das fábricas. Por isso que o diretor do Sindicato Gilberto Almazan ressaltou que o descarte inadequado de materiais, além de contaminar o solo, pode prejudicar a saúde da população e animais que vivem próximo ao local de descarte, e lembrou da luta da entidade contra o amianto e mercúrio.

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“Graças à nossa luta, a nível estadual, o amianto foi banido. Em relação ao mercúrio, estamos acompanhando uma ação cível pública contra a Osram, a batalha é para banirmos de vez o uso do mercúrio”, enfatizou Almazan. Isso porque assim, como o amianto, o contato com o mercúrio causa grandes problemas a saúde dos trabalhadores, como esquecimento progressivo, demência, problemas nos rins.

Gestão ambiental aliada ao trabalhador

Durante o evento foram apresentadas soluções aplicadas pela Meritor, em Osasco. A política de gestão da empresa integra segurança do trabalho, saúde e meio ambiente. Uma delas é a criação de um comitê para melhorar as áreas críticas: cabine de pintura, jateadeiras e máquinas de lavar. A outra é a participação dos próprios trabalhadores em projetos para melhorar o local de trabalho.

“Temos um grupo ambiental, formado por voluntários da linha de produção, capacitado para implementar e manter programas de meio ambiente. O qual participa de reuniões mensais, treinamentos, projetos, campanhas. São fundamentais para garantir o desenvolvimento do programa [de gestão ambiental”, explicou Thomas Stief, gestor ambiental da Meritor.

Sietf contou que busca conscientizar e engajar os trabalhadores nos programas ambientais por meio de jogos, gincanas e exposições. “Tivemos a otimização da coleta seletiva, melhora no resultado da auditoria da ISO 14001 e redução no consumo de água potável”, detalhou.

O Secretário do Meio Ambiente de Osasco, Carlos Marx, destacou que, além destes exemplos apresentados pela Meritor, as empresas também devem ter cuidado com a água. “Devem tratar a água após o uso, para que possa ser reutilizada. Também devem saber como fazer o descarte ideal desta água, observar como ela vai para o esgoto. Também devem aproveitar a água da chuva”, aconselhou ele, que colou a Secretaria à disposição das empresas, para a criação de ações que reduzam os impactos ao meio ambiente e aos trabalhadores.

Causas e consequências do desmatamento

As causas e consequências do desmatamento também entraram na pauta do Seminário. O desmatamento acontece com a remoção total ou parcial da vegetação em uma determinada área. Geralmente, ele ocorre para fins econômicos, para a utilização comercial da madeira das árvores e também para o aproveitamento dos solos para a agricultura e a pecuária.

Dentre as consequências do desmatamento, a gestora ambiental, da Secretaria do Meio Ambiente de Osasco, Simony Fagundez, citou o esgotamento dos solos com a intensificação de processos de erosão e desertificação; a extinção ou degradação de rios e lagos; a ocorrência de desequilíbrios climáticos em razão da ausência das florestas, entre outros.

Simony ressaltou que temos que ter consciência e vontade de preservar. “Podemos fazer plantio de árvores, economizar água, reutilizá-la e usá-la de forma consciente”, orientou.

Oficina de Cisterna – No Seminário, os presentes também aprenderam a criar uma alternativa para combater a crise d’água de São Paulo: a cisterna, que é um reservatório coberto, ligado à calha do telhado da casa por meio de canos. No encontro, trabalhadores e estudantes perceberam que é simples e barato construir uma pequena cisterna. Clique aqui e veja o passo a passo.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #05