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Edição 13
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Vida de Cipeiro: Segurança no trabalho sempre em primeiro lugar

Por Auris Sousa | 02 fev 2018

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No quadro branco, a lei que rege a Cipa (Comunicação Interna de Acidentes) é o grande destaque da sala usada para descanso e treinamento. Minutos antes um grupo de oitos cipeiros recebia informações e formação sobre o papel da Cipa e a grande missão de ser cipeiro. São os novos cipeiros da metalúrgica Wap Metal, de Barueri.

Santos assume o trabalho por uma Wap Metal mais segura

Santos assume o trabalho por uma Wap Metal mais segura

Wanderson Pereira dos Santos é um deles. Aos 32 anos, seis de Wap Metal, ele parte para o seu segundo mandato como cipeiro, desta vez como vice-presidente. Para ele, a integridade física e mental dos companheiros de serviço é a melhor recompensa que um trabalhador pode ter ao fazer parte da Cipa. “É gratificante ter consciência de que o trabalhador chegou em casa inteiro. Toda família quer ter seu membro de volta e bem, ninguém espera o contrário. O trabalhador sair de casa inteiro e voltar inteiro é a maior recompensa para um cipeiro”, avaliou. Santos tem razão e é por este motivo que o Sindicato enfatiza que a estabilidade do cipeiro está além da garantia do emprego. “É muito mais que isso. A gente tem que dar a cara para bater. Temos muitas responsabilidades, temos que cobrar os demais trabalhadores, a empresa. Temos que ter foco para representar os colegas com respeito e não pensar na estabilidade, mas sim na segurança dos demais trabalhadores”, enfatizou. O engajamento naquilo que faz também garantiu ao companheiro Paulo Rogerio Balbino, de 36 anos, sete deles na Wap Metal, participar de três mandatos da Cipa na empresa. Na última, foi o mais votado entre os trabalhadores e ganhou o título de vice-presidente. No primeiro ano, confessa: “sabia que se tratava de segurança, mas não sabia direito o que era ser cipeiro”.

Balbino tem mais de um mandato de luta pela pela prevenção de acidentes

Balbino tem mais de um mandato de luta pela pela prevenção de acidentes

Com o passar do tempo, Balbino compreendeu então a importância do cipeiro. “É estar atento a qualquer situação, saber identificar os riscos e ter responsabilidade. Aprendi muita coisa, tenho outra visão”, destacou. Agora Balbino deixa o posto de vice-presidente da Cipa para Santos. Logo, são as ações de Santos que vão fortalecer as de Balbino. Ambos demonstram que o alicerce dessas ações é o envolvimento contínuo dos trabalhadores na prevenção das doenças e acidentes de trabalho e, ainda, na busca constante do conhecimento para melhorar a aplicação das medidas preventivas. “Ganhar a confiança e colaborar para que todos compreendam a importância da segurança no local de trabalho são os nossos principais objetivos”, enfatizou Santos. Para isso, Balbino aposta num diálogo em que se prese o respeito. “É importante saber abordar o outro de forma adequada, para que não se crie atritos, respeito sempre em primeiro lugar. Com dedicação naquilo que se propõem a fazer a gente pode muita coisa, como reduzir o número de riscos dentro da fábrica”, ressaltou.

Balbino ao lado dos novos cipeiros  da Wap Metal

Balbino ao lado dos novos cipeiros da Wap Metal

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18