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Reforma vai colocar a dignidade da mulher em xeque

Por Auris Sousa | 10 out 2017

Os possíveis reflexos da reforma trabalhista sobre a violência contra a mulher no local de trabalho, é um dos assuntos do Visão Trabalhista Entrevista desta semana. Em vigor a partir de novembro, a nova lei fere direitos e garantias das mulheres trabalhadoras, estejam elas ou não gestantes ou mães lactantes. “A dignidade da mulher vai ser coloca em xeque”, enfatizou a promotora de Justiça do Ministério Público de São Paulo, Fabíola Sucasas Negrão Covas, na entrevista.

Promotora tratou sobre os várias tipos de violência contra mulher

Para se ter uma ideia do estrago, a reforma impõe que o assédio moral e sexual será especificado conforme a condição social do trabalhador. Isto significa que a vítima será indenizada de acordo com o salário que ela recebe. Tal mudança fará com que as trabalhadoras fiquem cada vez mais vulneráveis.

“Existe uma pesquisa que mostra que apenas 1% das mulheres denunciam o assédio [no trabalho], apesar de 52% das trabalhadoras sofrerem esta violência, segundo a OIT. O receio é que este 1% diminua ainda mais [com a reforma]”, alertou Fabíola.

Para a promotora, é preciso rever este tipo de determinação. “O que nós queremos é que esta reforma, por medir a dignidade da mulher através do seu salário, não venha a se traduzir num outro obstáculo para que ela venha denunciar [quaisquer tipos de assédio]”, enfatizou.

Só a organização é capaz de reverter este e outros prejuízos impostos pela reforma. Clique aqui e assista à entrevista na íntegra. 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #11