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Reforma da Previdência segue para plenário da Câmara

Por Auris Sousa | 10 maio 2017

A reforma da previdência, que prejudica o acesso dos brasileiros a aposentadoria, deu mais um passo na Câmara dos Deputados. Na terça-feira, 9, a Comissão Especial sobre o tema concluiu a votação dos destaques ao relatório do deputado Arthur Maia (PPS-BA). Agora, o texto segue para o plenário da Câmara. A expectativa é que a votação ocorra nos dias 24 e 31 de maio, em dois turnos.

Sessão da comissão especial da reforma da Previdência Social que votou os destaques ao relatório Marcelo Camargo/Agência Brasil

No total, foram avaliados 10 destaques que sobraram da reunião anterior. Com exceção de um destaque, a orientação do governo foi para que a base aliada rejeitasse todos os adendos, sob a justificativa de finalizar a votação o texto sem grandes modificações. A única alteração aprovada por todos os partidos com representação na comissão é a que devolve à Justiça estadual a competência para julgar casos relacionados a acidentes de trabalho e aposentadoria por invalidez.

Referendo

O PSOL apresentou um destaque que propunha a realização de uma consulta à população sobre a validade da reforma. Ele estabelecia que, em caso de aprovação da proposta no Congresso, o texto deveria passar por um referendo.

“Hoje a Casa está cercada pela polícia e isso foi um mau momento do Congresso Nacional. A soberania popular é a coisa mais importante que temos. Não acredito que os parlamentares desta casa tenham receio [do referendo] e que, em se tratando da vida de mais de 140 milhões de pessoas, a população não deva ser consultada”, disse o deputado Ivan Valente (PSOL-SP).

O líder do PV, Evandro Gussi (SP), se manifestou contra o destaque. Segundo o deputado, os parlamentares estão consultando a população antes de se posicionarem nas votações. “Aprendi a respeitar, mesmo antes de vir para o Parlamento. Foi justamente o voto popular e a soberania do voto popular e daí o valor da democracia representativa e o respeito às prerrogativas parlamentares, pois não chegamos aqui por nossa própria vontade, pela imposição, chegamos pela vontade dos cidadãos e cidadãs brasileiras”, disse o deputado.

Duvidosa a fala de Gusi. Isto porque, segundo o DataFolha, 71% da população é contra a reforma da Previdência, e só na região de Osasco os contrários a reforma são 84%, porque então a proposta corre a passos largos no Congresso? Então, companheiros, pressione os deputados por meio das redes sociais e por e-mail. Acesse aqui o contato de cada deputado eleito por São Paulo.

Acesse aqui e calcule o tamanho do seu prejuízo, com a reforma. 

[Com informações da Agência Brasil]

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18