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Prefeitura e Câmara se colocam a disposição dos trabalhadores da Delphi

Por Auris Sousa | 04 ago 2015

A luta pela permanência da Delphi em Cotia ganhou nesta terça-feira, 4, o reforço da Prefeitura e da Câmara Municipal da cidade. O apoio foi dado ao Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região logo após o protesto dos trabalhadores contra a transferência da empresa ter percorrido as principais ruas do município.

O presidente da Câmara, Sérgio Henrique Clementino Folha, ressaltou que a casa fará o que estiver ao seu alcance para manter a Delphi no município. “Sabemos da situação da situação que o país está passando, queremos que o país saia o mais rápido possível desta situação, e quanto menos isso afetar a nossa sociedade melhor. Nós estamos aqui para fazer de tudo para que o que passa no país, nós passamos de uma forma muito menor. Então contem com os vereadores, contem com essa casa de leis”.

Na Prefeitura, o Sindicato e os trabalhadores foram recebidos pelo vice-prefeito, Moisés Cabrera, que também se colocou ao lado dos trabalhadores. “Vamos lutar juntos para que a empresa não vá embora da nossa cidade”, enfatizou.

Para o presidente do Sindicato, Jorge Nazareno, “lamentavelmente a empresa se coloca numa situação muito cômoda ao dizer que está dando oportunidade para o trabalhador escolher ir com ela para Piracicaba. Estamos falando em mais de 150km de distância e não numa ida ao shopping”.

Nazareno diz isso porque entende que a realidade dos trabalhadores é outra. Na Câmara, os vereadores perguntaram quantos podem ir à Piracicaba e nenhum dos quase 700 trabalhadores levantaram a mão.

Reforço da população – Ao longo, do protesto que durou cinco horas pelas ruas da cidade, inclusive percorrendo a Raposo Tavares, centenas de pessoas apoiaram a luta dos trabalhadores da Delphi. Isto porque a empresa já está há anos em Cotia e é uma das maiores. Se a mudança for confirmada, a estimativa do Sindicato é que mais de R$ 40 milhões deixem de ir para a economia de Cotia e região em forma de salários e impostos.

Os trabalhadores iniciaram a greve na segunda-feira, 3, causou indignação nos trabalhadores o fato de que a notícia sobre a mudança foi dada aos trabalhadores na quarta-feira, 29, sem que houvesse qualquer negociação com o Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região. Os metalúrgicos receberam um prazo de apenas 30 dias para tomar a decisão sobre a ida para o novo endereço. Ao todo, são 700 trabalhadores cujos empregos estão sob ameaça.

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Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18