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Patrões do setor de autopeças não querem garantir a data-base

Por Cristiane Alves | 24 out 2017

Os patrões do setor de autopeças jogam duro nas negociações. Apesar da pressão dos trabalhadores, eles insistem em não garantir a data-base. Com isso, demonstram que não estão dispostos a aplicar o reajuste em 1º de novembro, independente da data em que ele for fechado.

Todos os anos, a garantia da data-base faz parte de um compromisso inicial firmado por patrões e trabalhadores. Mas, até agora, os patrões das autopeças não quiseram dar essa sinalização de boa-fé. Isso prejudica os abonos e o próprio reajuste. Os patrões querem levar os trabalhadores para dissídio coletivo em busca do reajuste. Assim, para variar, eles querem ganhar tempo e dinheiro nas nossas costas. 

Isso se soma a contra pauta apresentada já no início das negociações, em que os patrões deixaram clara sua intenção de acabar com a cláusula que garante estabilidade às vítimas de acidente de trabalho e de abrir as portas para a terceirização na linha de produção, entre outros pontos.

Além de tudo isso, eles se recusam a negociar as 19 cláusulas que buscam resguardar a categoria da aplicação da reforma trabalhista. “O que vemos é uma vontade imensa de colocar em prática a precarização das condições de trabalho, passando por cima dos sindicatos e destruindo a Convenção Coletiva”, avalia o secretário-geral do Sindicato, Gilberto Almazan.

Não vamos permitir. Por isso, o Sindicato convoca os companheiros que trabalham nas autopeças a estarem de prontidão, mobilizados para resistir a esses ataques. O aviso serve ao conjunto da categoria, já que a ofensiva patronal é generalizada.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18