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Nota Oficial do Sindicato em defesa do mandato da presidenta Dilma e da Democracia

Por Auris Sousa | 09 dez 2015

A diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região manifesta o seu repúdio ao golpe que vem sendo construído para retirar o mandato da presidenta Dilma Rousseff.

É no tapetão que buscam retirar um mandato conquistado por meio do voto, em que a maioria dos brasileiros utilizou seu direito democrático para escolher Dilma Rousseff para dirigir o país por mais quatro anos.

A oposição e as elites nacionais não engoliram a derrota nas urnas e ao longo deste ano de 2015 têm se utilizado de todas as artimanhas para colocar um fim ao projeto de governo com desenvolvimento social, que vinha retirando milhões da miséria, colocando o filho do trabalhador na universidade, dando a possibilidade desse mesmo trabalhador frequentar aeroportos, restaurantes e ter sua casa própria, um processo que criou a política de valorização do salário mínimo, que deu dignidade a milhões de brasileiros que antes eram tratados apenas como números. Desde 2004, o poder de compra do salário mínimo ficou 68% maior, de acordo com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos). Entre 2003 e 2014, a redução da extrema pobreza entre a população negra foi de quase 72% de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). São algumas constatações de um Brasil que, sim, mudou, para melhor.

Fica claro que não é uma preocupação com o futuro do trabalhador que perdeu seu emprego que move o desejo do impeachment, mas sim a obstinação de mudar o significado de todas as mudanças sociais implementadas desde o primeiro mandado do presidente Lula. Mesmo que, para isso, desrespeitem a vontade da maioria dos brasileiros, manifestada nas urnas, afinal, essa mesma elite conspirou contra Getúlio Vargas, João Goulart e esteve na retaguarda dos militares ao longo dos 21 anos de ditadura.

Temos visto nos últimos dias a oposição vencer eleições na França, Venezuela, Argentina. Essa é a maneira legítima de se comportar dentro de democracias, mas não é esse o processo a que tem recorrido a oposição brasileira, que mais prefere colocar o país sob a conspiração, mesmo que isso paralise a economia e com isso rife o emprego de milhões de pais e mães de família.

Tampouco o pedido é sustentado por uma conduta criminosa da presidente em relação a seu posto, a Constituição e aos brasileiros. O pedido não se sustenta na legislação, como atestam juristas renomados que se reuniram com a presidenta na segunda-feira, 7. É diferente de todas as acusações, que pesam contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), a quem a Procuradoria Geral investiga devido às suas contas milionárias na Suíça. É um golpe a democracia.

Entendemos que os erros da presidenta na condução do seu governo são vários, especialmente, a falta de diálogo com os movimentos sociais e os rumos dados a política econômica a partir do segundo mandato. Defendemos a retomada do projeto de desenvolvimento que promova o crescimento e a inclusão social. É preciso retomar e aprofundar as políticas que permitiram o país a se aproximar da situação de pleno emprego, em 2014, reforçar o projeto, mesmo que isso impacte a revisão de alianças, porque, sem dúvidas, a principal aliança que deve fortalecer o governo da presidenta é com a maioria que a elegeu, com os trabalhadores.

O projeto da oposição sempre será a manutenção do poder nas mãos de poucos, da concentração de renda, da injustiça social.
Assim como defendemos a democracia, queremos a apuração e a punição de todos os envolvidos em casos de corrupção que dilapidam o patrimônio público. Entendemos que as investigações e as punições têm de chegar a todos, independente de seu partido, classe ou poder econômico, mas sempre respeitando o estado de direito, que pressupõe o direito de defesa.

É fundamental também o respeito às regras do jogo democrático, às instituições e ao mandato da presidenta Dilma Rousseff. Não vamos tolerar que passem por cima da vontade da maioria dos brasileiros. Lutar pelo mandato da presidenta Dilma é lutar pela democracia. Vamos à luta!

Não ao golpe!
Pela democracia!
Pelo mandado da presidenta Dilma!
Por um Brasil desenvolvido, Justo e Democrático!

Diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos
de Osasco e Região

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18