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Negros ganham menos e sofrem mais com desemprego, mostra pesquisa

Por Auris Sousa | 18 nov 2015

Os negros recebem, em média, os menores salários e sofrem mais com o desemprego em relação aos brancos. É o que mostra Pesquisa da Fundação Seade e do Dieese divulgada na terça-feira, 17.

carteira_negros_txO estudo mostra que, comparando 2013 e 2014, a diferença entre as taxas de desemprego de negros e brancos na região metropolitana de São Paulo caiu, mas os negros ainda são os principais alvos do desemprego. A desocupação dos brancos avançou de 9,4% para 10,1%, enquanto a dos negros ficou em 12%, fazendo com que a diferença caísse de 2,6 para 1,9 ponto porcentual.

O Dieese e Seade lembram que essa diferença chegava a 7,2 pontos em 2002. Se o país teve avanço em relação a ocupação, no que se refere a renda a desigualdade persiste. O estudo mostra que o valor pago pela hora trabalhada aos negros, em 2014, foi apenas 63,7% do total pago aos brancos.

Segundo o levantamento, o rendimento médio dos negros foi de R$ 8,79 no ano passado, enquanto o dos brancos ficou em R$ 13,80. Em 2013, a proporção estava em 65,3%. “Apesar dessa piora, tais valores vêm se aproximando lentamente ao longo dos anos, uma vez que os rendimentos dos negros já chegaram a equivaler a 54,6% dos não negros, em 2002”, pondera o Seade.

Uma das conclusões do estudo é que a diminuição das desigualdades no mercado de trabalho se dá “apenas com períodos de crescimento econômico em conjunto com ações de políticas afirmativas”.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18