Mulheres recebem em média 20,7% menos do que os homens em 50.692 empresas com 100 ou mais empregados, isso é o que mostra o 2° Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios, divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego e o Ministério das Mulheres, nesta quarta-feira, 18.

O resultado apresenta uma diferença de 1,3% em relação ao primeiro relatório, de março deste ano, onde a diferença salarial registrada era de 19,4%. A média salarial dos homens é de R$ 4,495,39, enquanto a das mulheres é de R$ 3.565,48. A desigualdade aumenta quando vemos o recorte entre mulheres negras, que ganham média R$ 2.745,26.

Para a vice-presidente do Sindicato, Monica Veloso, a lei da igualdade salarial para homens e mulheres na mesma função, avança em sua implementação, mas ainda tem um grande desafio pela frente.

“Portanto precisamos fazer com que este importante instrumento de respeito e justiça sócio econômica ganhe prioridade e força nas campanhas salariais das categorias, em que as negociações para as convenções coletivas serão o fator condutor para que a igualdade salarial nas empresas seja respeitada”, destaca ela, que completa: “ Só alcançaremos êxito se todas as mulheres trabalhadoras do país tiverem esse direito garantido.”

Em casos de cargo de lideranças como direção e gerência, as mulheres chegam a ganhar 27% menos do os homens, e em funções superiores a diferença chega a 31,2%.

O levantamento utiliza dados da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) de 2023, e pode ser acessado clicando aqui.