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Movimentos sociais defendem democracia e cobram avanços

Por Cristiane Alves | 14 ago 2015

A defesa do resultado das urnas e da democracia, aliada a cobrança de que o governo da presidenta Dilma Rousseff retome o rumo da Agenda do desenvolvimento com distribuição de renda deu o tom do encontro entre Dilma e movimentos sociais, realizado na tarde de quinta-feira, 13, no Palácio do Planalto.

Representantes de mais de 30 movimentos sociais participaram do encontro, incluindo o presidente do nosso Sindicato, Jorge Nazareno, o secretário geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, e o diretor da Força Sindical, Sergio Luiz Leite. “O principal ponto é preservar a democracia contra qualquer tratativa de golpe, mas também se colocar contra o ajuste fiscal, as mudanças no seguro desemprego e a favor nos investimentos na produção”, afirmou Sergio.

Pré-sal – Os movimentos sociais apontaram uma série de projetos que estão parados ou decisões que estão sob ameaça. Uma delas é a Lei de Partilha, a regulamentação do modo de exploração da camada pré-sal, e a destinação de 10% os royalts do petróleo a Educação. “Educação deveria ser poupada do ajuste fiscal”, afirmou a presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Carina Vitral.

A presidenta disse que vai trabalhar para impedir mudanças nessa legislação. “Enquanto eu for presidente, vou lutar até a minha última força para manter a Lei de Partilha”. No regime de concessão, o concessionário é dono de todo o petróleo que produz. Já no regime de partilha, o Estado é o dono do petróleo produzido.

Trabalhadores – Representando todas as centrais sindicais presentes, o presidente da CUT, Vagner Freitas, lembrou que Dilma já tem a legitimidade do voto para realizar o projeto de desenvolvimento pelo qual foi eleita, “pelo desenvolvimento, com distribuição de renda”. Ele ainda reafirmou as palavras de outras lideranças: a agenda que o país precisa é a do desenvolvimento, não a do Renan Calheiros. “Precisamos de reformas populares, com o povo e para o povo. A agenda que o povo precisa é a que constrói a possibilidade de passarmos pela crise com nossas políticas e práticas, não aquela do FMI”, definiu.

Projeto para o país – Dilma afirmou que o governo fará “o possível e o impossível para garantir novos direitos e novas oportunidades. Vamos tomar todas as medidas para que o país volte a crescer o mais rápido possível. Vamos fazer o possível e o impossível não para haver retrocessos, mas para avançar”, garantiu.

Dilma disse que o projeto do seu governo é que o país não só seja a 7ª economia do mundo, mas também a 7ª nação do mundo. “Temos de querer mais para nosso país. Isso significa distribuição de renda, ampliar a participação do povo, garantir mais programas sociais, mesmo sabendo que as pessoas sempre vão querer mais, porque isso faz parte de um pais desenvolvido”.

A presidenta ainda arrematou o discurso dizendo “Eu sei de que lado estou. Mudei muito na minha vida, mas não mudei de lado”.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07