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Moradores de Cotia pedem paz e fim da violência

Por Auris Sousa | 12 ago 2014

Cerca de 200 moradores de Cotia fizeram no sábado,9, uma manifestação pelo fim da violência que tirou a vida de jovens e mulheres da cidade. O diretor do Sindicato Alex da Força participou do ato que passou pelas principais ruas do centro da cidade.

Manifestação em Cotia cobrou o fim da violência na cidade

O grupo, com diversos cartazes, saiu da rua da Delegacia de Cotia e seguiu até a Igreja Matriz, pedindo o fim da violência. O ato terminou com a realização de uma missa pelas vítimas da violência, entre elas a metalúrgica Josiele de Oliveira.

A companheira tinha 30 anos e trabalhava na Qualicable. Ela foi assassinada e encontrada por dois pedreiros sob uma pilha de entulhos numa calçada na rua de sua casa.

O Sindicato é contra todo o tipo de violência e apoia quaisquer ações que tendem a reduzi-la. “As violências cometidas não podem simplesmente entrar para estatísticas, temos que combatê-la. A informação é um dos caminhos para cobrarmos mais segurança e combater a impunidade”, defende o diretor Alex da Força.

Avanço – Na quinta-feira, 7, a Lei Maria da Penha – 11.340/2006 – completou oito anos. Ela não acabou com a violência contra mulher, mas garantiu várias conquistas importantes, como a ampliação dos serviços de proteção às mulheres vítimas de segurança. Desde que entrou em vigor, em 22 de setembro de 2006, cerca de 700 mil processos judiciais se fundamentaram na Lei para promover punições, medidas de proteção e atendimentos, segundo o Conselho Nacional de Justiça.

O último Dossiê Mulher do ISP (Instituto de Segurança Pública) da Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, publicado em 2013, mostra que, em 2012, as mulheres foram as principais vítimas de vários crimes de violência psicológica, moral, patrimonial e sexual.

De acordo com o relatório, as mulheres foram vítimas de 7,3% dos homicídios e 15% das tentativas de homicídios em 2012, mas sofreram 65,3% das lesões corporais dolosas, o que significou 58 mil casos de agressão física no estado. Desse total, cerca de 32 mil, ou 55%, foram violência doméstica e/ou familiar. Também em 2012, foram quase 5 mil estupros de mulheres registrados, 82,8% do total, e 22% deles estão ligados à violência familiar e/ou doméstica. Além disso, ocorreram mais de 55 mil ameaças (66%), sendo cerca de 51% delas violência doméstica e/ou familiar. [Com informações do Portal Viva e Agência Brasil/Foto: Fau Barbosa]

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18