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Mobilização e conquistas com a Copa

Por Auris Sousa | 12 jun 2014

Entre 2011 e 2014, um grande número de trabalhadores do setor de construção pesada, no Brasil, têm atuado em obras realizadas para a Copa do Mundo de Futebol no Brasil. Nas 12 cidades-sede, os estádios foram reformados ou construídos. Para o movimento sindical, uma das principais preocupações foi, desde o início, com a garantia de que as obras seguissem padrões rigorosos com relação às condições de trabalho enfrentadas pelos operários que prestariam serviços em cada um dos empreendimentos.

Neste período, foram realizadas diversas mobilizações, como 26 greves. Na pauta, reivindicações de caráter propositivo (em busca de conquistas) e defensivos (pela manutenção ou volta de direitos), referentes a temas como auxílio alimentação, assistência médica, reajuste salarial, horas extras e outros. Os movimentos foram, na maioria, bem-sucedidos e poucos não tiveram algum resultado positivo aos trabalhadores.

Das conquistas dos trabalhadores destacam-se os ganhos relativos aos salários, superiores à média dos demais trabalhadores da construção e do mobiliário e dos demais segmentos da economia brasileira. Muitos outros pontos também foram contemplados, se não plenamente, ao menos em parte, mostrando evolução dos termos na contratação coletiva dos trabalhadores nas obras dos estádios.

Clemente Ganz Lúcio
Sociólogo, diretor técnico do Dieese
(Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos)

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18