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Metalúrgicos de Osasco se somam a luta contra reforma

Por Cristiane Alves | 16 fev 2017

A quinta-feira, 16, amanheceu com luta nas portas das metalúrgicas de Osasco. Os companheiros fortaleceram a mobilização contra a reforma da Previdência, chamada pelo Sindicato.

Duas das medidas previstas na reforma geram maior descontentamento: a idade mínima de 65 anos, com tempo de contribuição de 49 anos, e a unificação de regras para homens e mulheres. “Isso é um absurdo. Eu vejo que não vou me aposentar mais”, analisou um companheiro da Jedal, que tem 34 anos e 12 de contribuição.

De tão absurdo o projeto, há aqueles que demoram a acreditar. “Vai ter mesmo, verdade, verdadeira?”, questionou uma companheira da Cabovel, depois, completando: “Se faltava 7 anos para me aposentar, imagina agora como vai ficar. Ninguém vai aguentar”.

A solução é lutar. “Muitas vezes, a gente pensa que a gente é mais fraco. O governo coloca as coisas e a gente aceita. Acho que a gente não deve aceitar tudo. O caminho é pressão”, indica a trabalhadora da Top Taylor.

É isso mesmo. Por isso, nas últimas semanas, o Sindicato intensificou as manifestações nas portas de fábrica. Já foram feitos mutirões de assembleias nas fabricas de Vargem Grande Paulista, Cotia, Barueri, Jandira, Itapevi, Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus.

E dia 15 de março será Dia Nacional de Lutas contra a reforma da Previdência, organizado pelas centrais sindicais. A convocação para esse ato já está feita e uma adesão maciça é importante para dar o recado: “Nós somos contra mexer nos direitos dos trabalhadores. Somos contra qualquer medida que venha sem fazer a negociação como tem de ser feita”, alerta o diretor Antonio Souza, o Padre.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18