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Mais de 100 mil trabalhadores somam forças em Marcha contra as reformas

Por Auris Sousa | 24 maio 2017

Esta quarta-feira, 24, foi histórica para a luta da classe trabalhadora. Mais de 100 mil trabalhadores de todo o Brasil, inclusive os metalúrgicos de Osasco e região, participaram da Marcha a Brasília, pelas diretas já e contra as reformas trabalhista e da Previdência.

Da base do Sindicato, companheiros de diversas fábricas fizeram questão de participar do ato, porque sabem dos prejuízos que os trabalhadores terão, caso as reformas propostas pelo governo Temer sejam aprovadas. Também se dispuseram a partir rumo à Brasília porque entendem que o futuro dos trabalhadores não pode ficar nas mãos de um “representante” envolvido em corrupção tão séria, como as divulgadas na última semana.

O ato mostrou a força dos trabalhadores brasileiros.  Em nota, a Força Sindical ressaltou que a marcha foi “forte o suficiente para atrair a atenção de toda a mídia brasileira e boa parte da atenção internacional”.

Confusão – No início da tarde, a forte e intensa marcha de trabalhadores sofreu com a infiltração de um grupo de black blocs, que tumultuou a organização das centrais sindicais. A confusão criada por eles foi, por sua vez, reprimida de forma violenta pela Polícia Militar de Brasília. Atuação que a Força Sindical avaliou como despreparo.

“Atribuímos ao despreparo da Polícia Militar de Brasília grande parte da responsabilidade pelas cenas lamentáveis de depredação do patrimônio público. Em lugar de prender bandidos comuns e qualificados, de máscara ou de colarinho branco, infelizmente essa polícia se especializa em atacar trabalhadores e trabalhadoras”, destacou a Central, em nota.

Por último, como se todo o cenário de ataque não bastasse, aliado com o avanço da reforma trabalhista no Senado – um dia antes do ato -, Temer decretou a “ação de garantia da lei e da ordem”. Isto significa que, com isso, tropas federais passarão a reforçar a segurança na região da Esplanada dos Ministérios até 31 de maio. O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa, Raul Jungmann.

Em outras palavras, isso quer dizer que o governo pretende intimidar o trabalhador de exercer o seu direito de manifestar suas indignações próximo da Esplanada. Contudo, a marcha de hoje ressalta que os trabalhadores brasileiros não vão abrir mão de seus diretos.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18