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Intervenções na UEO em pauta na Comissão da Verdade de Osasco

Por Auris Sousa | 22 out 2014

A intervenção praticada pela ditadura militar na UEO (União dos Estudantes de Osasco) é o assunto dos depoimentos com Gabriel Figueiredo na quarta-feira, 22, para a subcomissão Entidades Civis da Comissão Municipal da Verdade de Osasco. O relato começará às 15h, na Câmara Municipal de Osasco.

Gabriel Figueiredo era presidente da UEO em 1964 e foi preso quando a entidade sofreu intervenção na sequência do golpe. Ele irá tratar da organização do movimento estudantil a época, da organização do Partido Comunista do Brasil na cidade – do qual era militante, da intervenção e da repressão praticada pelo regime.

Manoel Dias do Nascimento, conhecido como Neto, é diretor fundador do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região. Ele fazia parte da diretoria que estava no comando da entidade quando os militares interviram, oito dias depois do golpe. Também foi uma das lideranças da greve de Osasco, em 1968. Depois, partiu para a luta armada como membro da VPR.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região sofreu intervenção militar duas vezes, em 1964, após o golpe, e em 1968, como represália a greve de Osasco.

A subcomissão é coordenada pelo presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, Jorge Nazareno, e tem como objetivo a investigação das perseguições praticadas às organizações de trabalhadores, estudantes e da sociedade civil em geral, como parte das responsabilidades da Comissão Municipal da Verdade de Osasco.

O depoimento também será transmitido ao vivo pelo site da Câmara de Osasco:  http://www.tvcamaraosasco.com.br

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18