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Governo propõe adiar ‘reorganização’ das escolas

Por Auris Sousa | 19 nov 2015

O secretário estadual da Educação, Herman Voorwald, propôs suspender o processo de reorganização do ensino público de São Paulo até 4 de dezembro, se os alunos desocuparem as escolas. A proposta foi feita nesta quinta-feira, 19, durante audiência de conciliação no TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo).

Alunos protestam contra reorganização das escolas durante audiência pública

Alunos protestam contra reorganização das escolas durante audiência pública

Segundo informações da Folha de São Paulo, o documento lido por Voorwald na audiência, diz que caso haja acordo, a reorganização será suspensa até que escolas a discutam internamente e, depois, apresentem uma nova proposta ao governo.

Uma professora pediu um prazo maior, segundo a Rede Brasil Atual. Ela propôs a suspensão imediata do plano e que a comunidade escolar – alunos, professores, pais e governo – tenham um ano para debater e apresentar propostas para o ensino público do estado. A Upes (União Paulista dos Estudantes Secundaristas) apoiou a proposta.

Mudanças – Inicialmente, para a reorganização, a Secretaria de Educação previa a mudança de ciclos em mais de 750 escolas, a transferência de 311 mil alunos e o fechamento de 94 delas e mudanças em todo o Estado, no próximo ano. Na região de Osasco, 14 escolas seriam atingidas. A princípio, se tornarão municipais ou poderão ser transformadas em escolas técnicas do Centro Paula Souza.

Na segunda-feira, 16, algumas alterações aconteceram depois que uma decisão em caráter liminar (provisório) suspendeu o fechamento da escola Braz Cubas, em Santos, a pedido da Defensoria Pública e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Na semana passada, o governo já havia recuado da decisão de fechar um colégio, na zona rural de Piracicaba (a 160 km de SP), após mães procurarem a Promotoria.

Desde que a mudança foi anunciada, em setembro, várias manifestações contra a decisão aconteceram em diversas cidades do estado. Para fortalecer a luta, alunos, pais e integrantes de movimentos sociais passaram a ocupar as escolas, que correm risco de serem fechadas. [Com Agências de Notícias/Foto:ARIEL DE CASTRO ALVES/FACEBOOK] 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18