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Governo anuncia R$ 133 bilhões em concessões de rodovias e ferrovias

Por Auris Sousa | 16 ago 2012

O governo federal anunciou na quarta-feira, 15, um pacote de concessões para aquecer a economia e melhorar a infraestrutura do Brasil. Nos próximos 25 anos, ao todo, R$ 133 bilhões serão investidos no programa. Desse total, R$ 42 bilhões serão investidos em rodovias e R$ 91 bilhões em ferrovias.

Chamado de Programa de Investimento em Logística, o pacote irá duplicar 7.500 quilômetros de rodovias e construir 10 mil quilômetros de ferrovias. Segundo o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, estão previstas a duplicação dos principais trechos rodoviários do país e a expansão da malha ferroviária brasileira.

“Temos a convicção de que o imperativo para o desenvolvimento acelerado do país é a disponibilização de uma ampla e moderna rede de infraestrutura logística eficiente e a prática de tarifas módicas, custos de operações de transportes baratos”, disse Passos.

O presidente do Sindicato, Jorge Nazareno, considerou que os investimentos são bem-vindos, embora atrasados. “O pacote é positivo e necessário, mas também atrasado. Isso porque as ferrovias e rodovias são os gargalos da economia brasileira, logo os investimentos vão gerar uma economia mais forte, mais empregos e ainda  reduzirão os custos para os consumidores”, avaliou Jorge.

Concessões serão passadas para o setor privado

Embora, as concessões sejam destinadas para o setor privado, a presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Fazenda, Guido Mantega, negaram, durante o anúncio, que o programa seja uma forma de privatização.

Dilma enfatizou que o governo não está se desfazendo de patrimônio público. “Não estamos nos desfazendo de patrimônio público para acumular caixa. Estamos fazendo parceria com o setor privado para beneficiar a população, para saldar uma dívida de décadas e um atraso nos investimentos, e assegurar o menor custo logístico”, afirmou a presidente.

Jorge não acredita em privatizações. “A forma é inteligente, porque não estamos falando de algo pronto, mas sim a ser feito. Ficará com as concessões aquela empresa que apresentar as menores tarifas. Isso apresenta mais condições efetivas para que o patrimônio público não seja privado”, defende.

Contudo, Jorge defende que o governo deverá fiscalizar as empresas, que levarem as concessões, para que elas realmente tenham “capacidade de executar o que está sendo proposto”.

Novas concessões – Nas próximas semanas, serão anunciadas também concessões para portos e aeroportos. [Com informações da Agência Brasil]

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18