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Franceses tomam as ruas contra a reforma trabalhista no país

Por Auris Sousa | 20 maio 2016

Uma onda de mobilização, que tem tomado as principais ruas da França, contra a reforma trabalhista ganhou força nesta semana. Por meio de greves e protestos estudantes e trabalhadores se mostram contrários as mudanças anunciadas pelo governo e que foram aprovadas na semana passada, em 10 de maio, por meio de um decreto.

A mobilização tem sido articulada por sete sindicatos de trabalhadores e de estudantes, que creditam que a aprovação da reforma sem votação reforça a necessidade de “ampliar as mobilizações” que vêm sendo feitas há mais de dois meses.

Protesto em Paris contra a reforma trabalhista

Protesto em Paris contra a reforma trabalhista

A proposta foi aprovada sem aprovação por meio de uma manobra do governo, que recorreu ao Artigo 49-3 da Constituição, já que não tinha assegurado a maioria de votos para a proposta. Para passar a vigorar, a reforma ainda precisa ser debatida no Senado, depois disso o texto volta para Assembleia Nacional, onde o governo pode voltar a invocar o Artigo 49-3 para que não haja votação.

A reforma da lei trabalhista, apresentada como a última grande reforma do governo de François Hollande, é considerada pelos sindicatos como “muito liberal”, favorecendo as empresas e desprotegendo os trabalhadores.

Reforma – Os trabalhadores e sindicalistas franceses repudiam a reforma imposta pelo presidente Hollande, por favorecer as empresas em detrimento dos trabalhadores. De acordo com informações divulgadas pelo portal Brasil de fato, a reforma prevê o aumento da carga horária de trabalho diário, podendo alcançar 12 horas. Também facilitará demissões e desonerações motivadas pela crise econômica ou queda da receita das empresas, que passarão ser menos criteriosas.

Além disso, o valor pago pelas horas-extras será reduzido, os valores das indenizações na Justiça terão valores máximos para referência dos juízes e os sindicatos majoritários não poderão mais vetar acordos entre patrões e empregados.

A maioria da população é contra a reforma. Segundo Agências de Notícias, aproximadamente 70% dos franceses são contrários as mudanças, no entanto, Hollande e o primeiro-ministro Manuel Valls afirmaram que não recuarão e que reforma é “necessária” para melhorar a competitividade das empresas. A afirmação foi destaque na grande imprensa brasileira, como no Valor Econômico. [Com informações de Agências de Notícias / Foto: Divulgação Portal Vermelho] 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07