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Encontro lança pesquisa e consolida compromisso com a inclusão

Por Auris Sousa | 22 set 2017

“Sem compromisso não se chega a lugar nenhum”. Foi com este tom que aconteceu nesta quinta-feira, 21, o lançamento da pesquisa da OIT (Organização Internacional do Trabalho) e da “Carta de Compromisso com o Trabalho Decente da Pessoa com Deficiência”, na sede do Sindicato. Em meio as comemorações do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência, o encontro consolida o compromisso do movimento sindical com a questão e joga luz sobre o olhar e atuação do movimento sindical, das empresas e da sociedade em relação a inclusão das pessoas com deficiências.

Trabalhadores, dirigentes sindicais, militantes pela inclusão, representantes de empresas e de órgãos públicos prestigiaram as divulgações. Por meio da pesquisa da OIT que analisou as ações sindicais para a inclusão das pessoas com deficiência, foi criada a Carta, fruto de um encontro realizado no Dieese, que contou com 122 participantes, entre sindicatos, pessoas com deficiências e militantes pela inclusão. O estudo foi traduzido para o português pelo Professor Romeu Sassaki, o qual foi prestigiado e distribuído também nesta quinta.

“A OIT se comprometeu a divulgar a tradução nos países de língua portuguesa e de promover encontro na América Latina, disseminar ainda mais o estudo para boas práticas de inclusão”, enfatizou Carlos Aparício Clemente, coordenador do Espaço da Cidadania e diretor do Sindicato.

As propostas que integram a Carta estão divididas em cinco eixos: convenção e acordos coletivos; saúde e segurança no trabalho; capacitação; acessibilidade; e o protagonismo da pessoa com deficiência e as ações junto à comunidade. Entre as principais propostas está o fortalecimento da inclusão por meio das convenções coletivas, a qual propõe que a reivindicação do trabalho decente para as pessoas com deficiência seja levada pelas comissões às negociações, “para que as empresas tenham o compromisso de contratar profissionais com deficiência e que garantam os ambientes de trabalho acessíveis e inclusivos”.

O Sindicato é uma das entidades que consta na pesquisa da OIT, e a convite da Organização, em maio deste ano, Clemente esteve em Genebra para reforçar a atuação da rede, – formada por pessoas, entidades, e representantes do poder público -, que batalham pela inclusão das pessoas com deficiências. Bem como para apresentar a série de pesquisas metalúrgicas que, desde 2006, divulga o balanço das contratações na base. “Em 2016, ocupamos 105,6% das vagas, ultrapassamos a reserva legal das vagas disponíveis”, enfatizou Alex da Força, diretor do Sindicato e secretário Estadual de Inclusão da Pessoa com Deficiência da Força Sindical de São Paulo. E afirmou: “Queremos inclusão total”.

E, se a inclusão é total, a ação dos órgãos públicos é indispensável. O secretário do Trabalho e Emprego de Cotia, Luis Gustavo, informou que pretende organizar um fórum e fortalecer a questão da inclusão no município. A ação se faz necessária ainda mais com a vigência da reforma trabalhista, a partir de novembro. “Queremos fortalecer o debate, empoderar as pessoas com deficiências e conscientizar a empresas sobre esta questão”, disse Luis Gustavo.

Rede de inclusão – A rede existe desde 2001, e a cada ano ganha proporção maiores. “Nossa principal missão é repercutir a questão da pessoa com deficiência e sensibilizar as empresas. A rede saiu do eixo Osasco/São Paulo, principalmente nos dois últimos anos com o programa “Diálogos pela Inclusão”, destacou Márcia Hipólito, uma das parcerias do Espaço da Cidadania.

O encontro foi encerrado com uma homenagem à Omezinda de Souza Nobrega, parceira dedicada à causa da inclusão que faleceu em 10 de agosto. Sempre com um sorriso no rosto, e palavras carinhosas, a companheira não poupava esforços para estimular a importância da igualdade.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07