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Empoderamento, informação e lazer marcam a 4ª Edição da Estação Mulher Metalúrgica

Por Auris Sousa | 24 mar 2023

A voz das mulheres ecoou pelo Metalcamp, em Cotia, no último sábado, 18, quando as companheiras da Jas, JL Capacitores, Arim, Engrecon, Aplic, Viel, Maap, Solar Group, Multivisão, Southco, Mecânica Ozeas, Albras, Arbame, Spaal e Natco se reuniram na 4ª edição da Estação Mulher Metalúrgico. O espaço ficou tomado pela força das mulheres que tiveram um dia repleto de informação e lazer.

A abertura da Estação Mulher foi realizada pelo presidente do Sindicato, Gilberto Almazan (Ratinho), que destacou a importância do papel das mulheres na luta em defesa e na ampliação de direitos, o pacote de medidas anunciados pelo Governo Lula. Almazan também relembrou a maioria das vítimas fatais do desabamento da Multiteiner era mulher.

Para iniciar e aprofundar o debate, a primeira Pesquisa realizada pelo Sindicato sobre a presença das mulheres nas metalúrgicas de Osasco e região foi apresentada. Ela mostra que, atualmente, na região, 8 mil mulheres atuam na metalurgia, ou seja, elas representam 22% do total da categoria. As faixas etárias predominantes, são de 30 a 49 anos.

O levantamento também mostra que elas estão presentes em praticamente todos os setores da metalurgia e que a desigualdade salarial também está presente na categoria. A pesquisa foi feita com base dos dados da RAIS/Caged. “Estes dados são importantes porque na hora que a gente chega à mesa de negociação, chegamos embasados”, destacou a vice-presidente do Sindicato, Mônica Veloso.

A questão da desigualdade salarial levantou sussurro entre as mulheres. “Precisamos nos empoderar, existem leis ao nosso favor. Somos capazes e exigimos respeito”, disse uma companheira da Spaal.

Outra que trabalha na Aplic reclamou sobre os espaços dados e tirados. “Quando uma mulher sai da empresa, seja porque pediu as contas ou porque foi demitida, nem sempre existe a substituição. Por diversas vezes, um homem é contratado para o lugar”, criticou.

Governo anuncia pacote de medidas para as mulheres

Igualdade salarial, combate ao assédio moral e sexual no trabalho, mais creches, ampliação de espaço da área cultural, estão entre as medidas anunciadas pelo governo Lula na quarta-feira, 8, Dia internacional das Mulheres. Boa parte das ações dependem de votação no Congresso e pressão popular, foi o que explicou Camila Ikuta, técnica do Dieese, durante a 4ª edição da Estação Mulher Metalúrgica.

Camila explicou que diminuir a desigualdade é colocar, cada vez mais, as mulheres como protagonistas e, para isso, as políticas têm papel fundamental. “O pacote de medidas sinaliza uma importante mudança, até porque não foca só em situações isoladas. No entanto, elas precisam ser analisadas e aprovadas por deputados e senadores. Então o debate só está começando, a luta, a pressão continua”, destaca Camila.

Papel da Comunicação – A maneira como a mídia aborda os assuntos relacionados as mulheres foi levantada pela jornalista Raquel Baster, do Intervozes, que destacou a importância da democratização dos meios de comunicação e da regulamentação da mídia para que todos, todas e todes tenham o mesmo espaço de fala.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07