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Dilma ataca propostas do governo interino de Temer

Por Auris Sousa | 29 ago 2016

Durante pronunciamento de defesa no Senado contra o impeachment, nesta segunda-feira, 29, a presidenta Dilma Rousseff atacou as medidas que têm sido anunciadas pelo governo interino de Michel Temer. “O que pretende o governo interino, se transmudado em efetivo, é um verdadeiro ataque às conquistas dos últimos anos”, enfatizou Dilma.

Para Dilma, desvincular o piso das aposentadorias e pensões do salário mínimo será a destruição do maior instrumento de distribuição de renda do país

Para Dilma, desvincular o piso das aposentadorias e pensões do salário mínimo será a destruição do maior instrumento de distribuição de renda do país

Para Dilma, desvincular o piso das aposentadorias e pensões do salário mínimo será a destruição do maior instrumento de distribuição de renda do país, que é a Previdência Social. “O resultado será mais pobreza, mais mortalidade infantil e a decadência dos pequenos municípios”, avalia a presidenta afastada.

Sobre a reforma trabalhista, Dilma destacou que “a revisão dos direitos e garantias sociais previstos na CLT e a proibição do saque do FGTS na demissão do trabalhador são ameaças que pairam sobre a população brasileira caso prospere o impeachment sem crime de responsabilidade”.

Ela também fez questão de enfatizar que conquistas importantes para as mulheres, os negros e as populações LGBT estarão comprometidas pela submissão a princípios ultraconservadores. Também fez um adendo ao patrimônio brasileiro. “Estará em questão, com os recursos do pré-sal, as riquezas naturais e minerárias sendo privatizadas”.

Clique aqui e confira a íntegra do discurso de Dilma do Senado

Ameaças sobre ameaças – Dilma deu provas suficientes de todo prejuízo que os brasileiros terão caso o golpe se concretize. Para ela, a ameaça mais assustadora “é congelar por inacreditáveis 20 anos todas as despesas com saúde, educação, saneamento, habitação. É impedir que, por 20 anos, mais crianças e jovens tenham acesso às escolas; que, por 20 anos, as pessoas possam ter melhor atendimento à saúde; que, por 20 anos, as famílias possam sonhar com casa própria”.

A presidenta também deixou claro que, desde que assumiu a presidência em 2014. É perseguida pela oposição e elite brasileira. “Desde a proclamação dos resultados eleitorais, os partidos que apoiavam o candidato derrotado nas eleições fizeram de tudo para impedir a minha posse e a estabilidade do meu governo. Disseram que as eleições haviam sido fraudadas, pediram auditoria nas urnas, impugnaram minhas contas eleitorais, e após a minha posse, buscaram de forma desmedida quaisquer fatos que pudessem justificar retoricamente um processo de impeachment”, destacou.

Para Dilma, este é o principal motivo do processo de impeachment em curso no Brasil. “Como é próprio das elites conservadoras e autoritárias, não viam na vontade do povo o elemento legitimador de um governo. Queriam o poder a qualquer preço. Tudo fizeram para desestabilizar a mim e ao meu governo”, ressaltou.

 

 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #07