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Diap, Dieese e Sindmetal debatem em live principais desafios dos trabalhadores

Por Auris Sousa | 03 jul 2020

As medidas provisórias publicadas pelo governo Bolsonaro (sem partido) para lidar com a crise do novo coronavírus, e suas consequências na vida dos trabalhadores hoje e no pós pandemia  foram os assuntos da Live Sindmetal desta quinta-feira, 2. 

Com transmissão pela página do Sindicato no Facebook, Marcos Verlaine, assessor do Diap (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), Victor Pagani, supervisor técnico do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e João Batista, diretor do Sindicato debateram quais os principais desafios dos trabalhadores hoje e pós pandemia.

O debate deixou claro que as medidas provisórias são continuidades da reforma trabalhista, cujo os efeitos das previsões do movimento sindical e de especialistas foram confirmadas:  retirada de direitos fundamentais, agravamento da crise do emprego e renda. Consequências que, hoje, são aprofundadas com as medidas provisórias, como a 927 e 936.

Para Verlaine a crise econômica, aprofundada pela pandemia, vai se estender até 2022 e a elite e vai jogar a conta para cima dos trabalhadores. Por isso, enfaticamente, ele defende a instrumentalização da classe trabalhadora.

“Podemos chegar até o final deste ano com 25 milhões de desempregados, fora os subempregados, os informais, fora todo mundo que não tem uma relação formal de trabalho. Imagine o que não vai acontecer: uma quebradeira geral de pequenas e microempresas. O desemprego vai trazer mais violências”, alertou Verlaine, que ressaltou: “Não há, por parte do governo, nenhum plano estrutural que esteja discutindo para preparar o país para enfrentar o pós pandemia”.

Assim como Verlaine, Victor destacou a importância de os trabalhadores terem representatividade na política, e do jovem participar de forma mais ativa e efetiva das ações sindicais. “Quem não gosta de política, quem não se interessa, é governado por quem gosta e quem se interessa. Os trabalhadores têm que, junto com os sindicatos, investir no processo político, no processo eleitoral para ter seus representantes nas câmaras municipais, nas assembleias legislativas, no Congresso Nacional, isso é fundamental”, explicou ele, que defende o fortalecimento de uma democracia concreta, com elementos de realização dos direitos sociais, dos direitos trabalhistas, entre outros.

Para conter os ataques aos direitos dos trabalhadores, o diretor João Batista reforçou a importância da negociação coletiva. “A negociação coletiva é fundamental. O trabalhador não tem condição de negociar direto com o patrão, via de regra não tem condição.  A gente costuma brincar: quem tem caneta com tinta? O patão ou o trabalhador? O patrão. Então não tem jeito, o trabalhador, que vai negociar com o patrão,  já sai perdendo, já começa a corrida com dois passos atrás. Então, é fundamental a negociação coletiva, a intervenção do sindicato, as assembleias”., destacou João.

Ao longo da live, os especialistas apresentaram um conjunto de problemas que teremos que enfrentar no mercado de trabalho, na economia, na saúde, na política, e nas questões sociais. Por isso destacaram a necessidade do fortalecimento da organização dos trabalhadores para fazer o seu combate de defesa.

“Os trabalhadores precisam compreender as dificuldades para se organizar e efetivamente enfrentar este problema de forma ativa e estruturada do ponto de vista das nossas percepções políticas, econômicas e sociais, de modo a oferecer combate e resistência a este quadro avassalador que se apresenta agora e deve se profundar no pós pandemia”, aleroua Verlaine.

 Assista a live completa:   

https://www.facebook.com/Sindmetal/videos/403363140570975/

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18