Entre 2011 e 2012, a diferença entre o salário da mulher e o do homem aumentou. É o que mostra a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), divulgada na sexta-feira, 27, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O estudo mostra que no ano passado, as mulheres ganhavam, em média, o equivalente a 72,9% da renda média dos homens. Em 2011, a proporção era menos desigual, com as mulheres ganhando 73,7% do salário deles. Em média, eles receberam R$ 1.698 no ano passado e elas, R$ 1.238.

Este aumento da desigualdade dos salários quebra uma sequência de cinco anos em que os rendimentos de trabalhadores e trabalhadoras vinham se equiparavam. Além disso, o estudo mostra que as mulheres também são as principais vítimas do desemprego. Dos 2,2 milhões de brasileiros desempregados em 2012, 57,8% eram mulheres.

Escolaridade – No quesito educação as mulheres dão o pontapé inicial. De acordo com o Censo da Educação Superior 2012, divulgado no último dia 17 pela Ministério da Educação, 55,5% das matrículas no ano passado foram feitas por mulheres, enquanto 44,5% eram homens. A porcentagem delas é maior do que sua representação dentro da sociedade brasileira, onde são 51,5% da população.