Em quatro meses, as contratações de pessoas com deficiência aumentaram 23,8% entre as 35 metalúrgicas acompanhadas pelo programa Valorizando a Inclusão pela Lei de Cotas no setor Metalúrgico de Osasco e Região. Em julho de 2024, entre elas, o cumprimento da legislação estava em 45,6%, mas ao final do programa, em novembro, esse percentual aumentou para 69,4%. Projeções indicam que em dezembro a média geral de cumprimento atingiu 75,4%.

“Demos um salto considerável, mas queremos mais contratações. A nossa luta não termina aqui, muito pelo contrário, o resultado deste programa nos impulsiona a buscar por mais inclusão”, destaca o presidente do Sindicato, Gilberto Almazan (Ratinho).

Na sexta-feira, 14, o Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região e a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo analisaram os resultados do programa, que construíram juntos. Enquanto o Sindicato promoveu informação e a sensibilização das empresas, a Superintendência do Trabalho realizou fiscalizações naquelas que descumpriam a Lei.

Dados do programa são analisados em reunião na sede

“Este programa foi responsável por 62 contratações. Praticamente em todas as empresas teve contratação. Isso só reforça que é possível cumprir a Lei de Cotas”, enfatiza Marcus Alves de Mello, superintendente Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo.

Curiosidades

 Ao decorrer do Programa, cinco detalhes chamaram atenção:

1 – O percentual altíssimo de empresas autuadas por não cumprirem a cota em 2024 e que também estavam descumprindo no ano de 2023;

2 – O fato de que empresas sob fiscalização demitiram trabalhadores com deficiência sem sequer repor as vagas;

3 – O descaso com a inserção de aprendizes com deficiência. Em apenas 1 empresa houve este registro durante a retomada da ação fiscal

4 – Empresas que encontraram caminhos para a inclusão, destacando-se positivamente no Programa

5 – No início do Programa, todas as 35 empresas estavam com déficit de cumprimento da Lei e, em dezembro, já se contabilizavam 11 empresas respeitando a Lei.

Dados do programa são analisados em reunião na sede

“Acreditamos que esta experiência de trabalho conjunto induzirá aumento na média de ocupação de vagas por pessoas com deficiência e reabilitados do INSS, de imediato e de forma crescente a curto prazo”, avalia Carlos Aparício Clemente, coordenador do Espaço da Cidadania.

Vale destacar que o Programa iniciava no momento em que a média geral de ocupação das vagas de trabalhadores com deficiência no setor era de 84,1%. Os resultados atualizado da média geral correspondente a 2024 serão apresentados em 20 de março, na sede do Sindicato.

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