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Confederações defendem a correção da tabela do IR, contra a crise

Por Auris Sousa | 10 fev 2016

A Correção da tabela do IR (Imposto de Renda) está entre as alternativas apontadas por dirigentes das confederações nacionais como instrumento para ampliar as vagas de empregos no país. As propostas foram debatidas em 2 de fevereiro, em Brasília, e reunidas numa nota oficial conjunta.

“A correção da tabela do Imposto de Renda é urgente para amenizar o impacto das obrigações tributárias sobre os milhões de assalariados do País. A falta de correção da tabela do IR levará um enorme contingente de trabalhadores, antes isentos, a pagar impostos que irão corroer os reajustes salariais recentemente conquistados”, diz os sindicalistas na nota.

A Força Sindical ressaltou em seu site que a defasagem da tabela está acumulada desde 1996, e chega num total de 72,2%. Somente no ano passado, o IPCA atingiu 10,67%, enquanto a correção média nas faixas de renda da tabela foi de apenas 5,6%.

Além da correção do IR, os dirigentes reivindicam a redução da taxa básica de juros (Selic) e externaram preocupação em relação ao uso do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) em operações que dificultem o seu retorno para seus verdadeiros fins, como para construção de casa própria e para infraestrutura urbana. Também reivindicaram empenho do governo no combate ao Zika Vírus.

Veja abaixo íntegra da nota oficial: 

Reunidas em Brasília nesta terça-feira (2), as Confederações Nacionais de Trabalhadores abaixo relacionadas manifestam toda sua preocupação e propõem medidas imediatas para o enfrentamento do preocupante momento da economia brasileira, no qual crescem o desemprego e a inflação e diminuem os investimentos produtivos e o consumo das famílias.

Por isto, entendemos que o governo deve assumir o compromisso de tomar medidas imediatas para aplacar os efeitos negativos da crise sobre a classe trabalhadora brasileira.

A correção da tabela do Imposto de Renda é urgente para amenizar o impacto das obrigações tributárias sobre os milhões de assalariados do País. A falta de correção da tabela do IR levará um enorme contingente de trabalhadores, antes isentos, a pagar impostos que irão corroer os reajustes salariais recentemente conquistados.

A redução drástica da taxa básica de juros (Selic) é, igualmente, uma necessidade imediata, que será interpretada pelas forças da economia real como uma sinalização fundamental para a retomada de investimentos produtivos.

Para os trabalhadores é, ainda, fundamental o compromisso do governo em não retirar direitos e conquistas no contexto da reforma da Previdência Social. Não aceitaremos qualquer ataque aos direitos da classe trabalhadora.

Também externamos nossa preocupação quanto ao uso do FGTS em operações que dificultem o seu retorno para seus verdadeiros fins, como para construção de casa própria e para infraestrutura urbana.

Esperamos empenho efetivo do governo no combate ao Zika Vírus, especialmente nas áreas onde ainda não existe saneamento básico.

Entendemos que estas decisões são imprescindíveis para que os trabalhadores reconheçam no governo intenções verdadeiras de superação da crise sem o sacrifício das gerações presentes e futuras.

Sem estas sinalizações, pode-se agravar a situação de descolamento entre esse mesmo governo e suas bases trabalhistas, o que só tenderia a ampliar a crise política que buscamos superar da maneira mais consequente e efetiva.

Brasília, 02 de fevereiro de 2016.

• CNTM – Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos
• CNM – Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT
• CONACOVEST – Confederação Nacional dos Trabalhadores no Setor Têxtil,Vestuário, Couro e Calçado
• CNTQ – Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Químico
• CONTEC – Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito
• CNTU – Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados
• CNTC – Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio
• CNTT – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Terrestres
• CONTAG – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura
• CSPB – Confederação dos Servidores Públicos do Brasil
• CONTCOP – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Comunicações e Publicidade
• CNTEEC – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Educação e Cultura
• CONTRICOM – Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário
• CNTS – Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde
• FST – Fórum Sindical dos Trabalhadores

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18