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Com Temer, Educação sofre ameaças

Por Cristiane Alves | 30 ago 2016

A Educação é um dos principais setores a sofrer com os cortes do governo interino de Michel Temer. E isso impacta diretamente na vida do trabalhador e de seus filhos e, logicamente, no futuro do país. É o que explica o diretor do Cursinho da Poli, Gilberto Alvarez, que também ressalta a importância da parceria com o cursinho, para o intensivão que começa em 17 de setembro.

A Educação é um dos principais setores a sofrer com os cortes do governo interino de Michel Temer

A Educação é um dos principais setores a sofrer com os cortes do governo interino de Michel Temer

VT – Quais são suas perspectivas em relação às políticas de expansão de vagas em universidades e de oportunidades para que mais trabalhadores e seus filhos possam ter acesso ao ensino superior, diante das medidas e propostas já colocadas pelo governo interino de Michel Temer?
Gilberto: As expectativas são muito ruins. A ideia é estipular um teto, basicamente, nos direitos constitucionais, como as verbas que são definidas para educação e saúde. E isso está no projeto de ajuste fiscal, e em nome do tal do “Ajuste fiscal”, educação deixou de ser investimento e virou custo. Ou seja, por conta do Ajuste Fiscal, tudo quanto é custo vai ser cortado e nesse sentido, por exemplo, ProUni (Programa Universidade para Todos) é custo e Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) é custo.

VT – E esses cortes já estão acontecendo?
Gilberto: Saiu uma notícia nessa semana em relação ao Fies, que as universidades vão ter que bancar com praticamente 13% da mensalidade de um aluno que conseguiu o programa (FIES). É mais fácil uma universidade particular dar a bolsa diretamente do que acionar o Fies. Então a grande preocupação com o que está acontecendo não é que o governo de uma hora para outra vai extinguir o programa, mas eles vão minando as bordas, cortando dinheiro do Ciências sem Fronteiras, cortando o modelo de financiamento do Fies e diminuindo a quantidade de vagas do ProUni,

VT – Quais tipos de mudanças você espera?
Gilberto: Só tem mudança se colocar investimento na educação, através de um movimento da sociedade absolutamente forte. Eu acho que ainda a sociedade não acordou para o que está acontecendo. Porém, mais cedo ou mais tarde vai acordar porque mexerá diretamente com o financiamento, com políticas de acesso e perda de direitos de forma geral, as pessoas vão acabar sentindo isso.

Eu acho que no momento, só uma resistência social absolutamente forte é que vai dar conta do recado. Mas particularmente eu acho que a ideia de mudar o verbo de investimento para custo está acontecendo de uma forma muito rápida e é importante a sociedade se mobilizar contra isso.

VT – Como a participação no intensivão oferecido pelo Sindicato em parceria com Cursinho da Poli podem contribuir para a análise do momento político do país?
Gilberto: A gente continua valorizando o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como porta de acesso ao ensino superior, ele é uma porta muito importante porque democratiza esse acesso. E projetos como esse que nós vamos fazer com o Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco, que vão preparar os alunos para o Exame Nacional do Ensino Médio. Nós acreditamos que é pelo Enem que os alunos acessam as Políticas de Acesso ao ensino Superior.

 

 

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18