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Cobrasma determina perseguição a “subversivos”

Por Auris Sousa | 15 out 2014

Na década de 1960, a maior metalúrgica de Osasco, a Cobrasma determinava a demissão dos envolvidos em qualquer tipo de “subversão” a ordem imposta pela empresa. Essa foi uma das revelações feitas por Albertino Oliva, que, entre 1945 e 1962, foi chefe de pessoal da metalúrgica.

Dr. Albertino deu seu depoimento sobre os anos de chumbo

O advogado Albertino, que é presidente da Comissão Municipal da Verdade de Osasco, foi ouvido em audiência na segunda-feira, 13, realizada na Câmara de Vereadores. “A minha função era detectar os subversivos sempre que havia alguma movimentação dos trabalhadores”, contou.

Outra forma de perseguição da Cobrasma era apresentar ao Dops (Departamento de Ordem Política e Social) uma lista de trabalhadores a serem admitidos para identificar seus antecedentes.

Ter ficado os primeiros 15 anos de empresa convivendo com tais práticas e o contato com o advogado Mario de Carvalho de Jesus, que na época atuava em diversos sindicatos, entre eles, o Sindicato dos Trabalhadores de Perus, orientou a mudança de olhar de Albertino sobre a luta dos trabalhadores. Ele passou a buscar entende-la e lhes dá suporte jurídico. Albertino incorporou-se a Frente Nacional do Trabalho. Logo em 1962, a Greve do Apito, na Cobrasma contou com seu apoio, assim como a organização da Comissão de Fábrica.

Próximos depoimentos   – Nesta quarta-feira, 15, a Comissão ouve a professora Maria Aparecida Baccega, que era militante do PCB em Osasco, na década de 1960 e diretora do Sesi. O depoimento acontece na sede do Sindicato, às 9h.

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18