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Clemente Ganz Lúcio

Por Auris Sousa | 19 set 2013

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PIB deve ser visto com cautela.

O PIB brasileiro apresentou, no 2° trimestre, resultados positivos em relação aos três primeiros meses do ano. Na comparação, houve aumento de 1,5%. Entre os destaques positivos, vale citar a expansão da indústria em 2,0%, o crescimento de 3,9% na agropecuária e o aumento de 6,9% das exportações (diante de apenas 0,6% das importações). Todos esses dados, porém, devem ser relativizados.

A indústria tem apresentado um desempenho oscilante, com crescimento baixo ou negativo em 2012 e no primeiro semestre de 2013. O crescimento de 2,0%, portanto, deve ser visto com cautela. Na agropecuária, não se repetirão as grandes safras, que melhoraram o resultado no segundo trimestre. Já o crescimento das exportações apenas compensou a queda em percentual idêntico registrada no primeiro trimestre.

A volta dos altos juros, que, em termos reais, leva o país à lista dos que possuem as maiores taxas do mundo, é um obstáculo ao crescimento e mais um problema.

Por outro lado, a desvalorização do câmbio deve contribuir para reativar exportações e conter importações, mas isso não será rápido.

O cenário para os próximos trimestres está cercado de incertezas, especialmente no que diz respeito ao que é central, embora não seja a única questão, para o crescimento do país: o investimento.

CLEMENTE GANZ LÚCIO
Sociólogo, diretor técnico do Dieese
(Departamento Intersindical de Estatísticas
e Estudos Socioeconomicos)

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #11