Os trabalhadores precisam estar organizados à frente das manifestações que acontecem no país. A posição é consenso entre as lideranças das centrais sindicais e do MST, que estiveram reunidas na manhã de terça-feira, 25, na sede da UGT (União Geral dos Trabalhadores) em São Paulo.

Para o coordenador do MST, Gilmar Mauro, as manifestações são uma oportunidade, mas também representam um risco à classe trabalhadora. “Abre um momento para o processo de mobilização da classe trabalhadora, mas também para que a direita, os meios de comunicação queiram dirigir o movimento”, alertou.

Para o presidente da Conlutas, Zé Maria Almeida, o “processo de mobilização [que acontece nas ruas] é muito progressivo. Teve como gota d’água a luta pelo transporte, mas desabou num mar de descontentamento. O povo vive uma intensa desigualdade de renda. Esse é o motivo de fundo das manifestações”, avaliou.

Unidade e luta – Unificando e direcionando as manifestações do dia 11 está a pauta trabalhista. Desde 2010, o movimento sindical brasileiro busca diálogo com o governo federal e com o Congresso Nacional para vê-la aprovada. “O tratamento que o governo dá a pauta dos trabalhadores é lamentável”, resumiu o presidente da CUT, Vagner Freitas.

A saída é a luta. “Temos de fazer uma grande mobilização e greve, que envolva todos os sindicatos e uma marcha à Brasília no início de agosto”, pautou Paulinho, que avalia que os motivos que levaram às grandes manifestações são vários: “Primeiro, a inflação e a política econômica. Segundo, a desindustrialização. Os jovens sabem que os bons empregos não estão mais aqui. A Juventude não tem mais perspectivas na área do emprego”, enumerou.

Já o presidente da UGT, Ricardo Patah, assinalou que as reivindicações dos trabalhadores e aquelas que são levantadas nas ruas, agora, têm relação. “Não há nenhuma bandeira que venha sendo colocada nas ruas que o movimento sindical historicamente não tenha defendido”, afirmou.

Por isso, os sindicatos convocam os trabalhadores a fortalecerem a manifestação do dia 11. Acompanhe no Visão Trabalhista, no portal Sindmetal e nas redes sociais as orientações para a mobilização.