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Centrais Sindicais lançam a Campanha nacional pelo auxílio emergencial de R$ 600

Por Auris Sousa | 18 set 2020

As centrais sindicais lançaram, na quinta-feira, 17, campanha nacional e abaixo-assinado pela manutenção do valor do auxílio emergencial em R$ 600 pelo menos até dezembro. Em nota (leia abaixo), as centrais destacam a importância do recurso para a subsistência de milhões de famílias durante a pandemia. E cobram do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que paute a votação da MP 1000 para retomar o valor de R$ 600 (R$ 1.200 para mães chefes de família), reduzido pela metade (R$ 300) pelo governo Bolsonaro.

Nas redes sociais a campanha usa a hashtag #600PeloBrasil e a palavra de ordem será Bota pra votar já, Maia. Na Câmara dos Deputados, já foram apresentadas mais de 260 emendas para manter o valor do benefício sem os cortes feitos pelo governo Bolsonaro. 

As centrais já pediram audiências aos presidentes da Câmara e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). E coletam apoios da população por meio de abaixo-assinado, participe! 

 CLIQUE AQUI PARA ASSINAR E APOIAR O AUXÍLIO DE R$ 600

Leia a nota das centrais 

Campanha nacional pela manutenção do auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro

É bom para o povo, para a economia e para o Brasil

As Centrais Sindicais CUT, Força Sindical, UGT, CTB, CSB, NCST, CGTB, Intersindical, CSP-Conlutas, Intersindical Instrumento de Luta e Pública, seus sindicatos e entidades, lançam mobilização nacional para conclamar o Congresso Nacional a votar a MP 1000 e restituir o valor de R$ 600 para o Auxílio Emergencial (R$ 1.200 para mãe chefe de família).

Essa iniciativa fundamental depende, inicialmente, da decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, de encaminhar o processo legislativo e pautar a votação.

A Medida Provisória 1000 corta o auxílio emergencial pela metade, reduzindo-o a R$ 300, restringindo ainda mais a capacidade de milhões de famílias brasileiras enfrentarem as consequências da crise sanitária causada pela pandemia do Coronavírus, em especial o desemprego e a perda de renda do trabalho. A redução do auxílio compromete gravemente a capacidade de as famílias garantirem alimentação, moradia, transporte e outros bens de consumo básicos.

O auxílio emergencial de R$ 600,00 garantiu o consumo básico de mais de 60 milhões de pessoas, ajudou a mais de 66 milhões de trabalhadores e trabalhadoras informais, fomentou a atividade nas empresas e protegeu milhões de empregos, fazendo a roda da economia girar, impedindo, assim, que uma crise econômica ainda maior se instalasse no país. Mais de R$ 320 bilhões mobilizados para financiar esse auxílio tiveram um impacto positivo na massa de rendimentos das famílias que, transformada em consumo, foi capaz de sustentar mais de 2% do PIB brasileiro em 2020.

Sairemos dessa grave crise sanitária e econômica se formos ousados e tivermos capacidade efetiva de atuar juntos. Cabe ao governo federal articular e coordenar os esforços de enfretamento da crise sanitária, contudo, o governo atua no sentido contrário, o que significa milhares de vidas perdidas por Covid19, mortes que poderiam ter sido evitadas.

Cabe ao governo mobilizar os recursos públicos, com impostos progressivos e taxando os ricos, para garantir renda básica para todos que necessitem, bem como mobilizar investimentos à retomada das milhares de obras paradas, para a expansão da nossa infraestrutura econômica e social, orientando para um desenvolvimento produtivo ambientalmente sustentável, justo e solidário.

Convidamos as organizações, entidades e movimentos para que façamos um grande esforço de articulação das nossas iniciativas. Conclamamos parlamentares e partidos para um amplo diálogo social compromissado com a nação brasileira, com o desenvolvimento econômico sustentável, com a justiça social, diálogo esse que deve agora materializar-se na manutenção do auxílio emergencial de R$ 600 até dezembro.

Assinam:

Sérgio Nobre

Presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores

Miguel Torres

Presidente da Força Sindical

Ricardo Patah

Presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores

Adilson Araújo

Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

José Calixto Ramos

Presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores

Alvaro Egea

Secretário Geral da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros

Joaninha de Oliveira

Secretária Executiva Nacional da CSP – Conlutas

Ubiraci Dantas Oliveira

Presidente da CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil

Nilza Pereira de Almeida

Secretaria de Finanças – Intersindical – Central da Classe Trabalhadora

Emanuel Melato

Coordenação da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora

José Gozze

Presidente – Pública Central do Servidor

Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18