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Centrais cobram revogação de medidas que retiram direitos

Por Cristiane Alves | 28 jan 2015

Cerca de 10 mil trabalhadores pararam a Avenida Paulista na manhã desta quarta-feira, 28, para cobrar a revogação das medidas provisórias editadas pelo governo que alteram as regras de direitos como o seguro-desemprego, auxílio-doença, pensões, entre outros. A manifestação faz parte do Dia Nacional de Luta por Direitos e Empregos.

Para o presidente da Força Sindical, Miguel Torres, é preciso barrar essas medidas porque elas podem ser o início de uma série. “Dilma se elegeu prometendo que não ia mexer em direitos. Se nós baixarmos a cabeça, vai ser só a ponta do iceberg”, avalia.

Organizados pelas centrais sindicais – Força Sindical, CUT, UGT, CGT, NCST – trabalhadores de diversas categorias, como os metalúrgicos da região de Osasco, se encontraram no vão livre do Masp, de onde partiram em passeata até os escritórios da Petrobras e do Ministério da Fazenda. Na Petrobrás, as centrais cobraram a investigação dos casos de corrupção e o afastamento da atual diretoria.

Ao longo do caminho, eles expressaram a sua indignação com o fato de o governo retirar nossos direitos. “A gente tem de lutar porque a Dilma está prejudicando quem movimenta o Brasil. Só está tirando de quem trabalha. Por que não tira de quem compra carro importado, de quem depende do salário?”, questionou um companheiro metalúrgico de Taboão da Serra.

Apoio – A indignação era compartilhada com quem passava pela Avenida Paulista e nem se incomodava com o fato de o transito estar parado, parava para ver a manifestação, registrando com seus celulares e câmeras fotográficas.”Tudo que foi dito durante a trágica campanha eleitoral, nada foi mantido. [A manifestação] é a única saída”, avaliou o aposentado Bruno Pedro Neto.

Para a também aposentada Rita Leite, “o povo brasileiro está muito indignado com esses pacotes que saíram depois das eleições. Por isso todo meu apoio”, afirmou.

A manifestação é a primeira contra o pacote. No dia 3 de fevereiro acontece uma reunião entre técnicos do governo e do Dieese para analisar as medidas e no dia 26 de fevereiro acontece a Marcha dos Trabalhadores.

Região – Antes de partirem para a Avenida Paulista, metalúrgicos, comerciários foram algumas das categorias que fizeram um ato em frente a estação Osasco da CPTM nas primeiras horas da manhã e lá também encontraram a indignação e o apoio dos trabalhadores que se dirigiam aos seus empregos.

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Jornal Visão Trabalhista EDIÇÃO #18