O caso Multiteiner, em que nove trabalhadores perderam a vida e outros 28 ficaram feridos em Itapecerica da Serra, foi citado pelo presidente da Força Sindical, Miguel Torres, durante a audiência pública “Desafios econômicos e sociais da pejotização no Brasil”, realizada nesta segunda-feira, 6, pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Isto porque ele evidencia o risco deste modelo de contratação.

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Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, de forma irregular, a empresa mantinha 200 dos 358 trabalhadores sem registro em carteira, sob a justificativa de que eram “pejotizados”. Os trabalhadores entram com ação contra a empresa, mas, por conta deste modelo, a Justiça do Trabalho fala que o caso é atribuído à Justiça Comum, e a Comum diz que é do Trabalho.

Miguel Torres na Audiência Pública

“Permitir a pejotização irrestrita é abrir caminho para a supressão de direitos e a corrosão de pilares fundamentais da nossa sociedade. Pejotizar é precarizar, e precarizar é retroceder. Não é alternativa moderna, é negação de direitos”, destacou Miguel Torres.

Miguel Torres foi enfático ao falar o “que está em jogo aqui é o futuro do trabalho digno no Brasil”, e pediu que o STF reafirme seu compromisso com a Constituição e a proteção dos trabalhadores. “Este Supremo Tribunal tem a responsabilidade histórica de reafirmar a Constituição, de proteger os trabalhadores e de garantir que amodernização não se confunda com precarização, disse.

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